segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bofetón

Imagem/cortesia do site marca.com

É depois destes jogos que o significado de "festival" ganha novas dimensões.

Ainda Neil Hannon

Antecipo o concerto de terça-feira, no Maria Matos...
(...)
And when we die
Oh, will we be that disappointed or sad?
If heaven doesn't exist,
What will we have missed?
This life is the best we've ever had!

domingo, 28 de novembro de 2010

Ideias reais

Batelco é a principal empresa de telecomunicações do reino do Bahrain. Segue a máxima "Bringing ideas to life". Para o provar, mandou produzir um dos mais bem feitos anúncios do momento. Espectacular, à moda do memorável Blade Runner. Como dizem, trata-se de "uma viagem épica pelas ideias das pessoas". Repare-se nos imensos detalhes técnicos e narrativos do anúncio.

Mais info acerca da produção do anúncio, aqui

Black Water

Em 1989, a quase totalidade dos membros que haviam dado corpo ao projecto Japan (com excepção de Rob Dean), reúne-se de novo para a edição de um único trabalho. O álbum deu pelo nome de Rain Tree Crow e haveria de sair em 1991. Foi fruto da capacidade de improvisação de todos os membros, sob a batuta de David Sylvian. Nenhum dos temas - e são treze -  foi ensaiado. Nenhum com excepção deste que aqui recordo: Black Water. Rain Tree Crow foi a banda sonora da noite de acertos gráficos aqui, neste sítio. E muitas vezes tive de fechar os olhos...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Chamem-lhe raiva!


Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida

J. Gomes Ferreira

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Tim e companhia


Ontem à noite o Coliseu do Porto recebeu Tim e os seus Companheiros de Aventura. O convite do João Lima, que nunca se esquece deste seu velho amigo, levou-me àquela festa informal de amigos, em palco. E os amigos eram Vitorino, Rui Veloso, Celeste Rodrigues, Teresa Salgueiro e Mário Laginha. Um Coliseu do Porto cheio recebeu os músicos da melhor forma,  contribuindo para o bom desenrolar do espectáculo. Foi interessante verificar que músicos com  características tão diferentes se juntaram de forma tão natural e harmoniosa. A base do espectáculo foi o disco “Tim e companheiros de aventura”,  embrulhado num belo trabalho gráfico em jeito de libreto. Durante duas horas, o ambiente foi de festa e confesso que as expectativas foram excedidas. Não faltaram sequer os momentos imprevistos como aquele em que Vitorino (um senhor!) funcionou como “ponto” atrás de Teresa Salgueiro (canta cada vez melhor) que estava sem o papel com a letra da canção. E, no final, o convívio com os artistas no D. Tonho, foi a forma perfeita de terminar a madrugada.

Mais fotos aqui

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Melodias que me fizeram...

The The - "Uncertain smile"

Peeling the skin back from my eyes, I felt suprised
that the time on the clock was the time I usually retired
to the place where I cleared my head of you;
but just for today, i think I'll lie here and dream of you.

I've got you under my skin where the rain can't get in,
but if the sweat pours out, just shout I'll try to SWIM AND pull you out.

A howling wind blows the litter as the rain flows,
As street lamps pour orange coloured shapes through your window,
a broken soul stares from a pair of watering eyes,
uncertain emotions force an uncertain smile...

I've got you under my skin where the rain can't get in,
but if the sweat pours out, just shout I'll try to swim and pull you out.


Aqui, Live.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sensibilidades


Ontem vi, finalmente, “Trouble Every Day” de Claire Denis. É uma obra quase perfeita em todos os sentidos, embora simplesmente não consiga explicar porquê. O que menos importa neste filme é a sua história. Ela perde-se no meio dos devaneios das personagens, das suas taras e problemas. Perde-se no meio da honestidade extrema que as faz moverem-se num limbo de emoções. 
Claire presta particular detalhe à fotografia e à crueza de alguns  pormenores. Mostra as coisas como elas são. Abusa de alguns close-ups. Também por isto, são várias as cenas que perturbam. Muitas. Algumas por serem tão belas. Outras perturbam pelo que chocam. Pelo menos um par delas são daquelas que ficam gravadas na retina e perdurarão, já sei. No entanto, também estas cenas, de alguma forma, contribuem para a percepção do filme enquanto produto final que deve ser considerado numa esfera superior da arte cinéfila. Com a belíssima banda sonora entregue à voz de Stuart Staples e aos seus Tindersticks (motivo primeiro que me levou à busca do registo em vídeo), "Trouble every day" é um filme incómodo, muito bem estruturado e realizado, brilhante em muitos aspectos, que resulta numa experiência sangrenta, erótica, visualmente apelativa, forte e irresistível, com Vincent Gallo a provar porque é um actor de outras galáxias. No entanto, dificilmente me vejo a recomendar a alguém que o veja...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Provavelmente o post mais desinteressante deste blog

iOS 4.2. Finalmente!!
(estritamente para registo de uma qualquer memória futura)

Posters

O blog Every Day Posters Every Day desenvolveu o conceito de criação de posters que podem relatar actividades do quotidiano mundano, mas não podem promover concertos ou qualquer tipo de actividade específica.
À sua frente estão dois designers, Travis McKinney e Hiller Goodspeed, e o sucesso da iniciativa tem sido significativo. De acordo com os próprios, o que se pretende é criar posters " for every day events. No activity in your life is too boring or mundane. The idea is to take trivial activities and promote them with posters to give them a sense of importance they ordinarily would not have". E é assim que "se promove" tanto a necessidade de mudança do óleo do carro como a de evitar fazer os trabalhos de casa! 

domingo, 21 de novembro de 2010

Ruela


Meu alvoroço de oiro e lua
Tinha por fim que transbordar...
- Caiu-me a Alma ao meio da rua,
E não a posso ir apanhar!

 Mário de Sá Carneiro

Todos gostam de Ray


Da importância de Ray Charles na música, ficou hoje ainda mais clara para mim, depois de ver o filme que conta com um Jamie Foxx irrepreensível no papel do músico. Passou no AXN e foi daquelas boas surpresas depois de um sábado chuvoso. "If you think in cents you'll get cents. If you think in dollars, that's what you get." Ray, que em português até soa melhor e mais verdadeiro. Recupero, no seguimento do filme, o sempre espantoso That's What I Say: John Scofield plays Ray Charles.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Galáxia de áudio


Vivo há quase quinze dias sem notícias. Melhor, sem ver os famigerados "telejornais". Recuso-me a perder mais tempo com temas recorrentes, desilusões desportivas, notícias desagradáveis e altamente prejudiciais à saúde. Quem me conhece não estranha. Vivo com estas necessidades de purgas informativas. Limpo a alma com esta cíclica atitude de "avestruz que vê o talhante a afiar as facas". Depois, do mesmo modo que decido a recusa de ver e ouvir os nossos pivots, volta a rotina da crise, dos cortes, e de cimeiras que, felizmente, nem recordava que iam acontecer. Vem isto a propósito de um anúncio que, claro está, anda a passear no pequeno écran em tempo de intervalos. Como tenho, para os intervalos, a mesma actual paciência que tenho para as notícias, raramente vejo publicidade. E não conhecia. Foi pessoa amiga que me pediu opinião e aguçou-me a curiosidade O anúncio em questão propagandeia um serviço que permite muitas coisas. Entre elas permite que se ouçam "milhões de músicas em todo o lado". Mesmo dando desconto à hipérbole, a coisa parece prometer. Mas é um serviço que é pago e, vindo dos lados da PT, toda a desconfiança é pouca. E alternativas grátis, existem? Existem. De uma forma geral, o que o serviço do batráquio oferece pode ser encontrado aqui. Funciona, pois utilizo há umas boas semanas e foi testado. "Transfere" toda a minha biblioteca musical para a "nuvem", o que me permite, em qualquer lado e de qualquer dispositivo, ouvir o que quero e quando quero, assim tenha acesso "à internet" (passou a ser uma curiosa expressão!). Temos, desta forma, a possibilidade de aceder à música, via streaming (o que significa que o computador onde está baseada a informação, tem de estar online e ter activo o  audiogalay helper). Se são milhões ou não depende da quantidade de música digital que temos ao nosso dispor. Mas nos dias que correm, um bocadinho de astúcia informática tudo permite. Recomendo vivamente (antes que passe a ser pago o que, tratando-se de uma versão beta que já funciona tão bem, não me surpreenderia. E seria uma pena).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Melodias que me fizeram...


REM - Talk About The Passion


Empty prayer, empty mouths, combien reaction
Empty prayer, empty mouths, talk about the passion
Not everyone can carry the weight of the world
Not everyone can carry the weight of the world
Talk about the passion
Talk about the passion
Empty prayer, empty mouths, combien reaction
Empty prayer, empty mouths, talk about the passion
Combien, combien, combien de temps?
Not everyone can carry the weight of the world
Not everyone can carry the weight of the world
Combien, combien, combien de temps?
Talk about the passion
Talk about the passion

De palavras e almas


A propósito de cenas do quotidiano, relembro as palavras do mestre Pessoa. Registo...para memória futura.
"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma."

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Faltam "solhas"?!

Agostinho da Silva dizia que "educar é podar". Também é podar. Infelizmente, este poder de podar dá trabalho e, por isso, é um exercício que cai cada vez mais em desuso, como bem constatou Bruno Nogueira numa crónica na TSF, há uns dias atrás. Assusta, de tão real.

*obrigado, Mili

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Chove...



Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os improváveis Barbixas

A Cia. Barbixas de Humor é um grupo de teatro brasileiro, famoso pelos seus espectáculos, aos quais deram o improvável nome de...Improvável. Aqui, juntamente com outros actores e humoristas convidados, dão largas àquilo que melhor sabem fazer: trabalham com a imaginação, o inesperado e a criatividade, na arte do improviso. Inventa-se uma situação, imprevista (e improvável, já agora) porque não pensada e conhecida pelos actores, questiona-se o público que ajuda na definição do quadro, e o resto é puro improviso. Os resultados falam por si e devem  ser pretexto para o visionamento de outros vídeos, porque vale mesmo a pena.

Radiohead reencarnam The Smiths

Absolutamente fascinante, a interpretação de Thom Yorke e os seus Radiohead, com "The Headmaster Ritual".

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Melodias que me fizeram...

Porque nunca é demasiado lembrar que continua bem vivo. A dose dupla é mais do que justificada. Ouvir "I Know It's Over", um original dos The Smiths, uma das mais belas canções de sempre, cantada pela voz de Jeff, é algo que, de uma forma natural, deve mexer com qualquer pessoa. Comigo mexe. Hesito entre a versão original  e esta que, infelizmente, não se encontra editada.

I Know It's Over

Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
And as I climb into an empty bed
Oh well. Enough said.
I know it's over - still I cling
I don't know where else I can go
Oh ...
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
See, the sea wants to take me
The knife wants to slit me
Do you think you can help me ?
Sad veiled bride, please be happy
Handsome groom, give her room
Loud, loutish lover, treat her kindly
(Though she needs you
More than she loves you)
And I know it's over - still I cling
I don't know where else I can go
Over and over and over and over
Over and over, la ...
I know it's over
And it never really began
But in my heart it was so real
And you even spoke to me, and said :
"If you're so funny
Then why are you on your own tonight ?
And if you're so clever
Then why are you on your own tonight ?
If you're so very entertaining
Then why are you on your own tonight ?
If you're so very good-looking
Why do you sleep alone tonight ?
I know ...
'Cause tonight is just like any other night
That's why you're on your own tonight
With your triumphs and your charms
While they're in each other's arms..."
It's so easy to laugh
It's so easy to hate
It takes strength to be gentle and kind
Over, over, over, over
It's so easy to laugh
It's so easy to hate
It takes guts to be gentle and kind
Over, over
Love is Natural and Real
But not for you, my love
Not tonight, my love
Love is Natural and Real
But not for such as you and I, my love
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can feel the soil falling over my ...
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can even feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can feel the soil falling over my head
Oh Mother, I can feel the soil falling over my ... 

Melodias que me fizeram...


Jeff Buckley - Everybody Here Wants You


Twenty-nine pearls in your kiss, a singing smile,
Coffee smell and lilac skin, your flame in me.
Twenty-nine pearls in your kiss, a singing smile,
Coffee smell and lilac skin, your flame in me.
I'm only here for this moment.

I know everybody here wants you.
I know everybody here thinks he needs you.
I'll be waiting right here just to show you
How our love will blow it all away.

Such a thing of wonder in this crowd,
I'm a stranger in this town, you're free with me.
And our eyes locked in downcast love, I sit here proud,
Even now you're undressed in your dreams with me.
I'm only here for this moment.

I know everybody here wants you.
I know everybody here thinks he needs you.
I'll be waiting right here just to show you
How our love will blow it all away.

I know the tears we cried have dried on yesterday
The sea of fools has parted for us
There's nothing in our way, my love

Don't you see, don't you see?
You're just the torch to put the flame
to all our guilt and shame,
And I'll rise like an ember in your name.
I know, I know,

I know everybody here wants you.
I know everybody here thinks he needs you.
I'll be waiting right here just to show you
Let me show that love can rise, rise just like
embers.

(While "I know everybody here wants you." Repeats)
Love can taste like the wine of the ages, baby.
And I know they all look so good from a distance,
But I tell you I'm the one.
I know everybody here will thinks he needs you,
thinks he needs you

sábado, 6 de novembro de 2010

The art of noise

Throbbing Gristle

Em 2005 pude assistir, na Casa da Música, a algo que me ficará para sempre na memória. Bernd Friedmann (aka Burnt Friedman) e os seus Flanger promoviam, na altura, "Spirituals". Friedman é um músico/produtor, que se destaca por projectos próprios como os mencionados Flanger, e por colaborar com nomes como Uwe Schmidt (aka Atom Heart; aka Senõr Coconut), os Nu Dub Players, Jaki Liebezeit, David Sylvian e muitos outros. Ontem voltei ao mesmo local para participar em mais uma noite Clubbing promovida pelo espaço cultural portuense, com Friedman como principal atractivo. Foi, no  mínimo, uma noite estranha, com coisas boas e outras nem tanto.


Jaki Liebezeit & Burnt Friedman

De positivo:
. A primeira performance da noite, a cargo do colectivo britânico Throbbing Gristle (TG, agora X-TG, pois P-Orridge, um dos membros da banda, comunicou, no final do mês passado, a sua decisão de não continuar a fazer parte do projecto, o que levou a uma adaptada e apressada mudança de nome). OS TG são produtores de texturas sonoras muitíssimo pouco habituais, complexas, difíceis, e foi uma experiência muito interessante ver e ouvir manipular sons vindos de "coisas". Literalmente. Assistiu-se a constantes manobras de manipulação de ruídos que eram produzidos por Peter "Sleazy" Christopherson e seus "instrumentos": cristais, objectos emissores de electricidade, estranhos guarda-chuvas sonoros e iluminados (junto ao microfone) e outros que funcionavam por mera aproximação das mãos ou outros objecto, numa coreografia inédita. Uma das grandes fontes de inspiração de projectos como Pan-american, Stars of the Lid, Husker Du, os próprios Flanger, e tantos, tantos outros, estava ali à minha frente.
. Positiva também, ainda que tardia, foi a interpretação de Burnt Friedman, o designer sonoro, e Jaki Liebezeit, mais uma personagem referencial da música moderna, fundador e antigo baterista dos Can, projecto paradigmático para a construção e  definição do Krautrock (o primeiro trabalho da banda reporta-se a 1968).  O que esteve em palco foi, numa visão simplista, música electrónica. Audições atentas, no entanto, remetem-nos para outros universos. De toda a forma é difícil categorizar aquilo que se ouviu. Situa-se algures entre a electrónica ambient, com forte influência de Jazz e algumas fumarolas de Dub.  Funcionando como base melódica, os samples que Burnt Friedamn manipula, são fantasiados pelas notas persistentes dos seus instrumentos. Embalam. Os sons metronómicos da secção rítmica liderada por Jaki, também enganam. Não é invulgar encontrar, nas habituais e esperadas assinaturas das batidas, beats inesperados e variações subtis. Cria-se então uma desordem sonora, plena de ritmos secretos, que rapidamente é interpretada pelos nossos sentidos. É uma experiência quase hipnotizante.  São assim os três trabalhos editados pela Nonplace, que resultam da colaboração entre estes dois músicos. O título destas três edições, Secret Rhythms (vol. I, II e III) espelha bem aquilo que se pôde ouvir.

De lamentar:
. A má organização com que a Casa da Música brinda os seus clientes. É absolutamente incompreensível, e não são folhetos bonitinhos, que nada dizem, que me fazem pensar o contrário.  Nestas noites Clubbing, isto nota-se mais ainda. Ontem, poucas informações existiam acerca do alinhamento e dos respectivos horários daquilo que ia acontecer. E nos dias anteriores, mesmo na net, nada se sabia. O concerto de B.Friedman/J.Liebezeit começou às 01.40h, obrigando os que queriam de facto vê-los (e só assim é que uma mão-cheia de gente aguentou), a uma espera sem sentido. Como resultado, a sala Suggia estava quase vazia quando começaram. Uma hora depois, quando o concerto terminou, a sala teria cerca de trinta pessoas. O olhar incrédulo de Jaki, no final, enquanto agradecia, foi bem revelador. O duo despediu-se sem um único encore!
. A postura de muita gente que vai para este tipo de eventos sem estar devidamente informada e/ou interessada. Ontem ia ser uma noite para um público especial que devia saber ao que ia. Não se ia andar ao som do Pop/Rock. Foi uma noite de homenagem à música experimental que, por definição, nunca é fácil de ser escutada. Se a desconhecida ao meu lado dormia e, por isso, não me incomodava, já  atrás de mim, um grupo  de pessoas conversava como se estivesse numa esplanada. Juro que acho que ouvi pedir um fino e um pastel de nata!

(Mais fotos aqui e aqui)

Saúdo...

...o lançamento do clip oficial de "Famine Affair" (by of Montreal), ainda do seu mais recente False Priest. Sempre em estado de "escuta constante".

of Montreal - Famine Affair

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Este homem que parou



Autor da foto: Robert Doisneau

Este homem que pensou
com uma pedra na mão
tranformá-la num pão
tranformá-la num beijo



Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve
que a sua própria sombra

António Ramos Rosa

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Veja-se como os ouvidos nos mentem

Nem sempre ouvimos aquilo que queremos ouvir. É um facto da vida. Mas nem sempre, aquilo que ouvimos, corresponde à realidade. Eis o efeito McGurk. Ou como os nossos sentidos constatemente se baralham com toda informação sensorial que nos chega.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desde a roda


Temos uma tendência natural para desvalorizar os objectos tecnológicos que nos rodeiam, e aquilo que os suporta. E são tantos! Quantas vezes não resmungamos porque a "chamada caiu" (pudera, somos milhões a saturar o espectro da rádio-frequência); o GPS perdeu o sinal dos satélites (e depois!? Já imaginaram que o sinal viaja centenas de quilómetros, e volta, em micro segundos para nos conduzir, ao metro, por estradas que nunca viajámos e que desconhecemos?!); ou porque o assento do avião é apertado (mesmo que estejamos sentados a dez mil metros de altitude!). São coisas banais, julgamos nós. Mas não são.
Esta é a melhor forma de sorrir ao olharmos para a tecnologia. E deve ser a razão principal, a par do conforto que proporciona na vida do dia-a-dia, para a sua existência e desenvolvimento. Sem queixas estéreis e sem que estejamos conscientes das suas falhas e limitações.