sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Melodias que me fizeram...

Kings Of Convenience - "Me in You" (2009)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O dono do nevoeiro

Imagem possível, via iPhone

Foi Domingo à noite mas só hoje encontro alguma disponibilidade para registar para memória futura. Falo do concerto do norte americano Bill Callahan, na Casa da Música. Perante as quase mil cadeiras da sala, todas com dono de espaço para o concerto, na companhia de um trio de músicos, (sentados... Bill em pé), desfilou temas seus e do colectivo Smog que lidera desde 1990.

Ao fundo, uma tela interpretava os sons e foi com a projecção de um sol que Bill surge com “The sing”, o primeiro tema do mais recente Dream River. Seguiram-se, do mesmo álbum, “Javelin Unlanding” e “Small Plane”, aquela que é, para mim, a mais bela faixa deste álbum. “Too many birds” (de Sometimes I Wish We Were An Eagle, de 2009), numa cadência mais calma do que o tema original, sem o violino, mostrou que aquela plateia conhecia bem os trabalhos do cantautor, tal a forma como aplaudiu os seus primeiros acordes. Seguiu-se “America!” e “One fine morning” do álbum Apocallipse, de 2011. Foi interessante verificar a evolução do autor neste alinhamento. Bill Callahan vive mais apaziguado com a vida mantendo, contudo, uma áurea de mistério que a sua voz de barítono acentua. De Portugal só pode dizer bem, relapso na visita e na apreciação do “bacalao”, peixe que aprendeu a apreciar (the saltiest of fish, quite delicious...). A imagem ao fundo mudava e novo tema aparecia. No magnífico “The drover” discorre sobre a dor do ponto de vista de um solitário e desiludido cowboy (“But the pain and frustration is not mine/It belongs to the cattle through the valley”). O público correspondeu com a maior salva da noite. O tempo passava e ouviu-se “Spring” e "Please send me someone to love" ("…if it’s not asking too much"), uma versão de um original de Percy Mayfield (1949). Linda de morrer e o prenúncio de um fim que não tardaria. Houve ainda tempo para “The seagull” e aquele que foi, para mim, o mais belo momento da noite: "Dress Sexy at My Funeral", um original Smog de 2000, numa cadência tão lânguida e continuada, que me pergunto por que foge o tema original deste registo. O alinhamento oficial guardava ainda “Winter road” (Dream River) e "Rock Bottom Riser" recuperada de A River Ain't Too Much To Love (2005), só com Bill em palco, no seu regresso depois dos pedidos do público. Assim se encerrou a noite. Ao fundo, na tela, a imagem de uma lua surgiu.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

sábado, 22 de fevereiro de 2014

What Difference Does It Make?


Acabei de ver, depois de descarregar legalmente aqui, o recentemente estreado documentário "What Difference Does It Make: A Film About Making Music". Bem filmado e bem montado, o filme vai circulando pelo interior de todo o tipo espaços de espetáculos e de estúdios, com a Big Apple sempre presente, em imagens originais que nos prendem através de constantes recordações e referências. Os testemunhos de músicos como Brian Eno, Philip Glass, Erykah Badu, Deborah Harry, Lee ‘Scratch’ Perry, e tantos outros, são parte essencial para um dos objectivos do filme: entender melhor o mundo de uma certa música e o que significa fazê-la. E como, nesse registo, se pode fazer a diferença.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A beleza do caos








...de acordo com a interpretação de Pablo Genovés

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Saudade

Via Head Like an Orange

Saudade é amar um passado que ainda não passou; 
É recusar um presente que nos magoa;
É não ver o futuro que nos convida.

Pablo Neruda

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Melodias que me fizeram...

This Mortal Coil - "Song to the siren" (1984)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Galináceos

Episódios galináceos sobre o bom uso de duvidosos costumes. A la française. Genial.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cortes de papel


Novos sons

Tom Rosenthal - "I Like It When You're Gone"

Maus tempos


Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto

Ruy Belo

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Coisas que saúdo

© Peter Hapak
O mais recente trabalho de Beck, o décimo segundo, um dos mais aguardados lançamentos para este ano, é algo que saúdo. Sem gravar desde 2008 (com "Modern Guilt") Beck reinventa-se mais uma vez, recuperando sons de orquestra e sonoridades de grandes bandas dos anos setenta, algo que tem estado entretido a ouvir. O elenco de músicos que o acompanha nesta aventura é quase o mesmo de "Sea Change" (2002) e o resultado final é igualmente generoso em boas sensações, bem precisas quando o nosso cérebro, farto de tanta água, luta para se livrar de algum mofo que se instalou.

Beck - Blue Moon

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Melodias que me fizeram...

Bill Callahan - "Riding For The Feeling"