terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Topetene


O ano está a horas de terminar e a famosa altura de balanços aproxima-se também. Muito se viveu e a banda sonora do que aconteceu foi este ano mais rica e diversificada. Foi um ano de muita e boa produção musical. Esta é a lista dos dez álbuns que mais me tocaram (e mais tocaram), seleccionados com a subjectividade desejável e imprescindível. Mais uma vez rejeito a ideia de os alinhar por ordem de preferências e/ou qualidade. Opto pela ordem alfabética. Qualquer um destes trabalhos ficará, para mim, como um marco sonoro deste agridoce ano de 2013.

> Arcade Fire - "Reflektor"
> Daft Punk - “Random Access Memories
> Dirty Beaches - "Drifters/Love Is The Devil"
> John Grant - "Pale Green Ghosts"
> Mark Kozelek & Jimmy LaValle - "Perils From The Sea"
> Nick Cave & The Bad Seeds - "Push The Sky Away"
> Of Montreal - "Lousy with Sylvianbriar"
> Phosphorescent – "Muchacho"
> Smith Westerns - “Soft Will
> Tame Impala - “Lonerism"

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Melodias que me fizeram...

The Waterboys - The Whole Of The Moon

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Melodias que me fazem...

Phosphorescent - "Muchacho's Tune"

I sing no way the stone
Set up a trembling in my bone
I sat there all alone
I cried and cried
I saw the moonlights weary glow
On that old dirty city snow
I sat there feeling low
My, oh my

I found some fortune, found some fame
Finally cauterized my veins
Yea, Ive been fucked up and Ive been a fool

Like the shepherd to the lamb
Like the wave onto the sand
I fixed myself up to come and be with you

See I was slow to understand
This rivers bigger than I me
Its running faster than I can
Lord, I tried

Between the shadow and the stone
A little Huck was being born
A little web without his horns
Oh my, oh my

And mama neatly meet the moon
I will humming out that tune
Ive been fucked up and Ive been a fool

But like the shepherd to the lamb
Like the wave onto the sand
I fixed myself up to come and be with you

Out here, mama, here I stand
And mom Im reaching for your hand
I fixed myself up to come and be with you

I fixed myself up to come and be with you
I fixed myself up to come and be with you

Porque a vida é só metade


A MONTANHA por achar
Há de ter, quando a encontrar,
Um templo aberto na pedra
Da encosta onde nada medra.

O santuário que tiver,
Quando o encontrar, há de ser
Na montanha procurada
E na gruta ali achada.

A verdade, se ela existe,
Ver-se-á que só consiste
Na procura da verdade,
Porque a vida é só metade.


Fernando Pessoa

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Melodias que me fazem...

Num ano com bastante música interessante, este Muchacho destaca-se pelo que nos dá, de tão diferente e envolvente. Ouça-se este segundo tema do álbum, "Song for Zula", por exemplo. E repita-se a audição. Venho fazendo o mesmo com o álbum na íntegra... e não sei como parar...
Phosphorescent - "Song for Zula"

some say love is a burning thing

that it make a fiery ring
oh but i know love as a fading thing
just as fickle as a feather in stream
see honey i saw love
see it came to me
it puts his face up to my face so i could see
yeah then i saw love
disfigure me
into something i am not recognizing

see the cage it called i said "come on in!"
i will not open myself up this way again
nor lay my face to the soil nor my teeth to the sand
i will not lay like this for days now upon end
you will not see me fall nor see me struggle to stand
to be acknowledge by some touch from this gnarled hands
you see the cage it called i said "come on in!"
i will not open myself up this way again

you see the moon is bright in that treetop night
i see the shadows that we cast in the cold clean night
i might fear i go and my heart is white
and we race
right out on the desert plains all night
so honey i am now
some broken thing
i do not lay in the dark waving through the..
now my heart is gold my feet are light and i`m racing
right on the desert plains all night

so some say love is a burning thing
tahat it makes a fiery ring
on the love as a caging thing
just a killer come to call frome some awful dream
all all you folks you come to see
you just to stand there in the glass looking at me
but my heart is wild and my bones are stream
and i could kill you with my bare hands

if i was free

sábado, 14 de dezembro de 2013

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Forma transformada

Mergulhe-se no maravilhoso mundo de Andy Goldsworthy, o eterno manipulador da natureza.





You gotta know how to live with them


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

inFORM

Como todos os princípios de princípios, a tecnologia é ainda bastante experimental e algo tosca mas as possibilidades são verdadeiramente infinitas. Com a tecnologia inForm é possível a interacção, à distância,  da informação digital, através dos seus utilizadores, para, por exemplo, se movimentarem objectos numa determinada superfície. É onde o mundo digital se encontra com o mundo físico. Isto abre a porta a que, num futuro não muito distante, intervenientes numa vídeo conferência possam de facto interagir com objectos, espaços, pessoas, do mundo físico, para executar intervenções cirúrgicas, de manutenção, reparação ou de outra espécie, dentro deste contexto. O futuro está aqui e é já. 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Melodias que me fizeram...


Antony and the Johnsons - "Bird Gerhl"

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Natal que o Homem não quer

Aproveitando o "espírito festivo", a organização Greenpeace criou uma campanha de sensibilização para o aquecimento global e os seus efeitos. Desta campanha faz parte um anúncio com um Pai Natal diferente, derrotado, desgostoso, cercado por um ambiente apocalíptico, bem diferente do tom dos habituais anúncios natalícios. Em perigo está a calota polar e... o Natal como o conhecemos. Mais detalhes em Save Santa's Home.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Disarm


“Disarm” é um projecto do artista plástico Pedro Reyes em colaboração com o colectivo COCOLAB. Nesta instalação, peças de mais de 6000 armas confiscadas pela polícia na violenta Ciudad Juárez, foram transformadas para, esquecendo a sua vertente destrutiva, darem origem a algo. No caso, uma instalação musical e visual extremamente interessantes.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um mundo


É um sonho ou talvez só uma pausa
na penumbra. Esta massa obscura
que ela revolve nas águas são estrelas.
Entre aromas e cores, um barco de calcário
prossegue uma viagem imóvel num jardim.
Vejo a brancura entre os astros e os ramos.
Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra
e que tudo ascende sob um sopro silencioso.
Nenhum sentido mas os signos amam-se
e o brilho e o rumor formam um mundo.

António Ramos Rosa

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

pela voz de Scott Matthew

Scott Matthew - Ballad Dear

Scott Matthew - Love Will Tear Us Appart (Joy Division)

Melodias que me fazem...

Parte de um 10 polegadas à moda antiga, um dos grande temas do ano, de David Sylvian, o eterno bardo.

David Sylvian - "Do you know me now?"

domingo, 17 de novembro de 2013

The quiet noise-maker


Scott Matthew visitou novamente Portugal, o seu país preferido para actuar (palavras suas, ontem) e onde mantém contactos privilegiados (Rodrigo Leão é um dos nomes mais falados). É curioso como venho ouvindo isto por parte dos mais variados artistas, nos últimos tempos. Em época de crises este é um ponto positivo desde que seja verdadeiro e, diz-me o bom senso, tem sido o caso. Adiante. Na bagagem trouxe a sua voz estranha, e a sua personalidade de um "quiet noise-maker", como se descreve. Scott encaixa no universo de intérpretes com vozes "estranhas" onde encontra a companhia de Micah P. Hinson, Antony Hegarty, Will Oldahm ou Tom Waits. Vozes diferentes, mais difíceis de domar mas, também por isso, mais fascinantes e interessantes. Em 2008, com o álbum homónimo conquistou público e agarrou a crítica; em 2009, com o segundo álbum de originais "There is an Ocean That Divides", manteve e reafirmou o seu espaço no universo musical; e em 2011 com "Gallantry's Favorite Son" reforça a sua posição de next big thing na cena indie. E com razão.
Ontem, Scott trouxe "Unlearned", o seu novo álbum, onde o músico reinventa, com a sua linguagem, gramática instrumental (ukelele, piano, guitarra) e voz... agridoce, algumas das suas canções favoritas como "Harvest Moon" (Neil Young), "No Surprises" (Radiohead), o inesperado "To Love Somebody" (Bee Gees (!)), "Smile" (de Charlie Chaplin, uma verdadeira surpresa pois desconhecia totalmente este facto) e outras. Da selecção de "Unlearned", destaco duas faixas que me fazem, de formas diferentes, viver alguma nostalgia: "Annie's Song" de John Denver (que comecei a ouvir nos discos possíveis que tinha em casa, bastante criança) e "Darklands" dos Jesus & Mary Chain (que me fez regressar a 1988, ao pavilhão do Belenenses, numa noite inesquecível). Ontem, só a primeira foi interpretada (e como!).
Foi um concerto quase em família, verdadeiramente intimista, com a sala 2 da Casa da Música a ver a sua capacidade pela metade. Scott Mathew teve noite difícil com o banco que lhe deram e noite fácil com o público que enfrentou o frio para procurar o calor da sua companhia. Pelo meio, a mais bela versão de "Love will tear us appart" (prepara-se para ser das canções mais recriadas pelos mais diferentes nomes) que já ouvi; silêncios que significaram muito; um regresso breve a "Gallantry's Favorite Son"; e um Scott a prometer outro tipo de degustação do nosso vinho, no final do concerto. A noite avançava, o banco foi-se resolvendo com afinações constantes e a relação connosco foi-se tornando cada vez mais próxima. Foram autênticos e naturais os diálogos que manteve com o público entre faixas. Tal era o à vontade vivido que o público nem se importava de esperar uns minutos para que fossem ensaiar um tema ("Language") que não estava previsto no 1º encore! Não foi necessário e "Language" foi tocada.
No final, palmas sinceras e prolongadas por quem tinha estado ali, com prazer visível, cheio de sentimento, deixando vontades de repetir a dose: é que a qualidade, a sinceridade e a simplicidade são, cada vez mais, produtos em falta neste Portugal da troika.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Melodias que me fizeram...

...companhia no serão.  Cada audição de  "Hey" faz-me recuperar meses de vida (benesse limitada a dose anual, para o efeito :/ ). Um dos melhores temas da banda, sem dúvida.

Pixies - "Hey"

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O fantástico mundo de Caras

Eis alguns trabalhos de Caras Ionut, fotógrafo, ilustrador e especialista em software de imagem, de origem romena. Visões surreais de um mundo possível através da manipulação digital. 






Visto aqui.

sábado, 9 de novembro de 2013

Sporting!!!

Apesar do resultado, hoje tenho o maior orgulho em ser adepto do Sporting Clube de Portugal. Acabei de ver um dos grandes jogos da vida e quando assim é só tenho de ficar contente. Hoje, as duas equipas mereciam ganhar, e o Sporting mostrou mais uma vez que está a caminho de poder vir (e aqui é que cabem as reticências) a ser um caso sério no futebol mundial. Haja a esperança que nos caracteriza a todos, e paciência. Os miúdos irão progredir e estão no trilho certo.

Melodias que me fizeram...

The Cure - Lullaby

Ad tempus

Saiu mais um ranking das escolas e a EB23S de Monte da Ola apresenta-se como a melhor escola do ensino público nas equações para ensino secundário (PúblicoDN, SIC), a nível nacional! O DN apresenta-a mesmo como o melhor estabelecimento público do país. Mesmo tendo em conta as especificidades de uma escola pequena (poucas provas), o resultado é notável e, para alguns, muitos talvez, surpreendente. A mim não espanta, tendo em conta o conhecimento profundo, quer dos alunos, quer dos docentes. É mérito de todos os que trabalham naquele estabelecimento de ensino que estes bons resultados aconteçam já há muito tempo. As convicções sérias e coerentes, compensam e estas coisas não acontecem por acaso. Que esta boa notícia traga, no futuro próximo, o reforço do número de  estudantes para a frequência do ensino secundário nesta escola, é o que desejo. A ver vamos...
Por agora, admito apenas que é bom verificar este reconhecimento. O reconhecimento do excelente trabalho de toda uma equipa que tive o prazer e privilégio de liderar, até mês e meio do termo das aulas a que se referem estes resultados. Os alunos e toda a comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola, na sua versão original, merecem. Que fique registado para efeitos de memória futura.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Realismos


Melodias que me fazem...

Arcade Fire - "Here comes the night time" (2013)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O escritor


Em 1770, Pierre Jaquet-Droz, um relojoeiro suíço, criava The Writer, aquele que será, provavelmente,  o primeiro robot da história ou, como designavam na altura, automatonMelhor dizendo, bem vistas as coisas este é também o primeiro computador alguma vez produzido. Um prodígio mecânico com cerca de 6000 peças e engrenagens, devidamente oleadas, no que constituía uma máquina que tinha a capacidade de escrever.... o que previamente se programava. The Writer tem 240 anos e estas são imagens de Mechanical Marvels: Clockwork Dreams, da BBC, um documentário que relata a estória desta pequena maravilha.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Espelho meu, espelho meu

Sempre me questionei relativamente ao que fariam tantos funcionários da Google na sua magnífica sede em Mountain View, na California, tanta é a imensidão de gente e espaços. Vai-se percebendo melhor com o passar do tempo. Os homens não param. Depois do motor de busca com que se iniciaram, e da aquisição do Youtube, veio o Gmail, o Google Earth, O Google Maps, O Google Calendars, o Google Docs, o Android, o Chrome, o Blogger, o Google Glass (ufffff)... e muitas outras aplicações e sites que são utilizados por dezenas de milhões de utilizadores, todos os dias, ao ritmo do milésimo de segundo. É um autêntico império com matizes Orwellianas que constantemente se constrói e desenvolve. Perigoso q.b. mas relativamente inócuo se estivermos atentos e usarmos o registo "desconfiado porque navegamos no reino sem lei da internet".
A mais recente aventura da empresa americana é o Google Helpouts e assenta no espírito de partilha, esse grande motor da WWW. Aqui, quem sabe muito sobre um qualquer assunto ou área de saber, ensina e ajuda quem precisa, com recurso ao vídeo em tempo real. É como se tivéssemos um técnico/especialista em nossa casa. Alguns dos Helpouts são gratuitos mas a maior parte são pagos (e os valores nem são muito baixos). A ideia, não sendo original, tem um tipo de tratamento que só a Google consegue dar e, por isso, torna-se  particularmente interessante e pode ter a força necessária para abrir novo corredor na Web 3.0 que diariamente ajudamos a construir. Torna-se cada vez mais claro o que faz tanta gente, todos os dias, a todas as horas, nos castelos Google espalhados pelo mundo com sede na metrópole Mountain View. Até quando e com que objectivos?!

Pares

Os golfinhos em Lagunas, no Brasil, são especiais dentre os especiais. Apesar de selvagens, desenvolveram uma relação muito especial e próxima com os pescadores locais. Os objectivos dos homens são claros. Os dos golfinhos desconhecem-se. Mais uma estória de maravilha a rematar o visionamento de "Mermaids: the body found", em "cartaz" no Discovery Channel (a não perder: quem disse que as sereias são apenas fruto de uma intemporal imaginação dos criadores de lendas?!).

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Melodias que me fizeram...

Alpha - "Somewhere not here" (Come from heaven-1997)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Verbo no passado


Passou o vento, passou o dia,
passou a noite e a manhã.
passou o tempo, passou a gente,
passou cada hora de amanhã;

passou um canto esquecido
nos cantos de cada passo,
passou ao dizer que passo
sem se lembrar do compasso;

passou a vida como se nada fosse,
só passou e foi-se embora,
passou à pressa sem demora,
e passou tudo a quem ficou;

e se mais não passou
no fim de tudo ter passado,
foi porque algo se passou
no último passo que foi dado.

Nuno Júdice

domingo, 27 de outubro de 2013

Melodias que me fizeram...

Rickie Lee Jones - "The Second Time Around"

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Gravity rules

O trabalho mais recente de Carli Davidson intitula-se Shake. Percebe-se porquê ao ver algumas das suas imagens e o vídeo. Valeu a gargalhada do dia.




terça-feira, 22 de outubro de 2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

FiLIP


Eis o FiLIP, o primeiro (de muitos que aí vêm) localizador e comunicador para crianças, em forma de relógio. O conceito subjacente e muito simples: o relógio dá para comunicar como um telemóvel (5 números de telefone); tem tecnologia GPS que permite saber onde está a criança e definir zonas de segurança;  permite receber SMS; tem um botão de emergência e outras características orientadas para a segurança. Tudo a partir de uma aplicação (android e IoS) instalada num terminal celular. Mais informação pode ser encontrada aqui.

domingo, 20 de outubro de 2013

Via láctea


Jaroslav Wieczorkiewicz é um fotógrafo de origem polaca, com estúdios em Londres. Os seus mais recentes trabalhos centram-se na forma de "congelar" elementos líquidos, moldando-os aos corpos das suas modelos. O resultado é admirável. Para breve, está o lançamento de um calendário intitulado Milky Pin Ups, inspirado nas imagens de fotógrafos como Alberto Vargas ou Gil Elvgren (anos 40 e 50). O calendário tem lançamento previsto para Dezembro.




Eis um vídeo com explicações técnicas sobre a forma de fazer esta e outras imagens:

sábado, 19 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Melodias que me fizeram...

The Psychedelic Furs - "She Is Mine"

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A noite chega com todos os seus rebanhos



A noite chega com todos os seus rebanhos

Uma cidade amadurece nas vertentes do crepúsculo
Há um íman que nos atrai para o interior da montanha.
Os navios deslizam nos estuários do vento.
Alguma coisa ascende de uma região negra.
Alguém escreve sobre os espelhos da sombra.
A passageira da noite vacila como um ser silencioso.
O último pássaro calou-se.As estrelas acenderam-se.
As ondas adormeceram com as cores e as imagens.
As portas subterrâneas têm perfumes silvestres.
Que sedosa e fluida é a água desta noite!
Dir-se-ia que as pedras entendem os meus passos.
Alguém me habita como uma árvore ou um planeta.
Estou perto e estou longe no coração do mundo.

A. Ramos Rosa

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Reciprocidade

...palavra que está na moda!!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Melodias que me fazem...

Elvis Costello & The Roots - "Walk Us Uptown"

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

domingo, 6 de outubro de 2013

Au revoir, Eleanor


As Au Revoir Simone são um colectivo de Brooklyn, constituído por Heather D'Angelo (voz/percussão/teclas), Erika Forster (voz/teclas), e Annie Hart (voz/teclas). Juntam-se em 2003 e um ano depois lançam "Verses of Comfort, Assurance & Salvation". O segundo álbum das Au Revoir Simone, "The Bird of Music", seria editado em 2008 e um ano depois sairia "Still Night, Still Light". Em comum aos três trabalhos, o som: uma mescla de sonoridades de teclas dos anos 80; de vocalizações polifónicas; e minimalistas batidas electrónicas. Este mesmo som repete-se em "Move In Spectrums", a proposta mais recente das meninas de Brooklyn, após um hiato de 4 anos sem gravarem, e que foi a base da apresentação de ontem à noite na Casa da Música. No palco, antes do concerto ter início, os teclados vintage apresentam-se, desde logo. Parados. Ao longo do concerto, as protagonistas irão trocar de lugares como forma de retirar alguma carga visual estática da performance. Essa é "contrariedade" habitual das norte-americanas: a movimentação em palco com instrumentos pouco portáteis. Ontem até tiveram a pouco habitual ajuda de uma viola baixo (Annie Hart), no encore, com Fade Into You (Mazzy Star). A lição, no entanto, está bem estudada. "More than" e "The lead is galloping" embalam Annie numa coreografia de head-banging e perna no ar…à vez. Longe vão os tempos em que as vi na sua 1ª actuação no nosso país, em Braga (2007), onde, tímidas, raramente se movimentavam ou sequer mexiam. Sucederam-se os temas de "Move In Spectrums" e na minha cabeça rolam as influências audíveis de Stereolab a  Human League, B-52s ou Goldfrapp. Nesta sucessão de temas, o grupo foi  competente, sem nunca passar desse registo. Não estamos perante músicas virtuosas. Antes estamos perante músicas com boa voz, criativas, generosas e…. vistosas, com uma candura que é pensada mas que… resulta. A simpatia é uma constante e sucederam-se as juras de amor à nossa pátria e à nossa gente. Fica bem! "Move In Spectrums", não sendo um disco que vá alterar a posição das Au Revoir Simone no panorama da música, é uma aragem de ar fresco. David Lynch deve estar contente e nós, em Fevereiro, a cumprir-se a sua promessa, lá estaremos para as rever. E à sua beleza.

...


Para terminar a noite estava prevista a actuação de Eleanor Friedberger, mais conhecida pela carreira nos The Fiery Furnaces, do que a solo. O seu segundo trabalho, "Personal Record", resulta num conjunto de canções que contam estórias pessoais, em melodias pop, rock & folk. Ontem aconteceu algo curioso comigo: ver a sua actuação fez-me ver este seu álbum de forma diferente. Em conversa com amigo de longa data, na véspera do concerto, dizia-lhe que me aborrecia o registo demasiado pop de Friedberger; que era tudo demasiado previsível. Mantenho, de uma forma geral. O que não esperava e mais facilmente constatei ontem, era sentir o poder da voz de Eleanor ou a qualidade dos elementos que a acompanham. Que vozeirão tem a senhora! E que grandes músicos estiveram em palco. Eleanor incluída. Várias vezes me lembrei de Maria MacKee dos Lone Justice (também ela americana e também ela apaixonada pela folk music e dona de um marcante timbre vocal). "I Don’t Want To Bother You" e "Heaven" são um bom exemplo do tipo de canções que Eleanor compõe: intimistas e facilmente lidas à luz da realidade de cada um de nós. Em "I'll never be happy again" e "I am your past" (a solo), a atmosfera da sala grande da Casa da Música ganhou um elan diferente. As canções afinal resultam e a redenção aconteceu. No regresso a casa, ouvi "Personal Record" de outra forma.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Informação quase inútil ou um aviso à navegação

Só ontem percebi, depois de testes e alguma pesquisa, que os utilizadores do Skype ("substituto" do msn), não conseguem comunicar com os antigos contactos messenger sem ser através deste serviço. Já se sabia que o messenger iria ser substituído mas daí a deixar de funcionar... sem aviso peremptório... O Outlook (versão web do msn, que eu utilizava de vez em quando) ou mesmo o aplicativo messenger, não comunicam com o Skype. As mensagens não circulam e os contactos não se veem ou veem com erros de presença. Já lá vão uns meses, ao que parece. A única forma de garantir comunicação é a utilização exclusiva do Skype. Mais um excelente exemplo do mau trabalho da Microsoft, que alterou as regras do jogo e não garantiu o fluxo de comunicação entre software. Nem desactiva serviços que funcionam...mal. Uma baralhada!

oF mONTREAL

Enquanto aguardo, com algum anseio e muita curiosidade, a chegada do pacote (com o selo of Montreal), vou-me deleitando com a audição de "Lousy with Sylvianbriar", um disco enorme (esta edição também vem a caminho); e com estes vídeos que me caem no mail, em jeito de updates do projecto"None of our secrets are physical".
of Montreal - "The Past is a Grotesque Animal" (em versão psico-chicken com esteróides).

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Melodias que me fizeram...

 Nina Simone - "My Baby Just Cares For Me"
com animação do prolífico Aardman

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia da música

Miles Davis - "My funny valentine"

segunda-feira, 30 de setembro de 2013