A morte de António Alçada Baptista, trouxe-me a recordação de livros incontornáveis no meu crescimento enquanto leitor e pessoa. Descobri-o com Catarina ou o Sabor a maçã e continuei até O riso de Deus. Passei por Tia Suzana, meu amor e recuperei Os nós e os laços.
Dizia-se dele que produzia uma escrita feminina. Se calhar era verdade. Sobretudo escrevia de forma simples sobre sentimentos. E estes, sabemo-lo, nunca são simples de tratar.
"Os livros são bons porque, sempre que nos sentimos sós e não temos coisas para dizer a nós mesmos, podemos falar com eles. (...) Com os livros, a gente sempre faz viagens, conhece pessoas, aprende a interrogar-se e tem oportunidade de viver e de sentir coisas que a vida lhe não deu. Outras vezes, (...) os livros entretêm a nossa fome de viver e se calhar disfarçam e adiam a obrigação que temos de procurar a vida."
A.A.Baptista in Tia Suzana, meu amor
1 comentário:
Bela escolha (Tia Suzana, meu amor) para lembrar quem ficará sempre em letras, para nos dizer!
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