Vi finalmente Roman Polanski: wanted and desired. O ponto de partida é o caso judicial motivado pela relação do realizador com a, na altura menor de idade, Samantha Gailey (agora, Geimer). Polanski, admitindo uma "relação sexual ilícita com uma menor de 14 anos", consegue ludibriar o sistema judicial americano e ser o que é hoje: querido e desejado. O ponto de chegada é esta comichão que fica: como pode alguém que fez o que fez, ser assim admirada e respeitada. Andar impune?! Receber louvores e prémios?!
A personagem misteriosa de R. Polanski assim se mantém e pouco é revelado. As interrogações continuam depois do filme. Mesmo o assassinato de Sharon Tate, sua mulher, pelo grupo de Charles Manson, quando estava grávida, é pouco explorado. São as incidências de todo o caso judicial que são trabalhadas com grande mestria e montadas de forma exemplar. É esta a mais valia do filme. Fica a certeza de que o génio de Polanski é bem superior à sua personalidade e sobressaem notas de surrealismo de uma América onde o sistema judicial pode ser (e é, demasiadas vezes) profundamente ignóbil.
3 comentários:
Tenho de ver o filme. Podias ser simpático e tratar disso, amigo ;-)
I'm workin' on it, my friend...
o que eu estava procurando, obrigado
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