Recorro a Ryuichi Sakamoto quando preciso de encontrar alguma paz de espírito. Quando sinto necessidade de me apaziguar com o universo que teima em ditar as suas leis à revelia do nossa concepção de bom senso e bom julgamento. É música que regenera. O seu trabalho 1996, obra-prima onde conta, entre outros, com a participação do violancelista Jacques Morelembaum, é escolha acertada para este objectivo quase xamânico. Os sons das cordas: piano, violancelo e violino, clareiam ideias, trazem harmonia e repõem a (des)ordem universal. Por ser assim, este álbum tem ainda a particularidade de concorrer constantemente, apesar das dúvidas metódicas do exercício, para o meu top 10 de álbuns. Desaparece e regressa. Por isso é tão belo. E funciona.
Um dos temas de 1996, Mr. Christmas Mr. Lawrence, B.S.O. do filme com o mesmo nome. Há quem a considere a canção mais bela de sempre. Não estranho.
Editado: fica aqui também a proposta para o seu site.
Em tempos foi exemplo de simplicidade: o fundo era todo branco e só passando com o cursor se descobriam os conteúdos. Brilhante.
3 comentários:
Posso levar hoje este Sakamoto lá para o Clarear, não posso? é que fica tão bonito também por lá...
Vou "gamar", sim?
O Michael Nyman vai perceber, espero que tu também...
Já toca o Sakamoto lá no Clarear, ai meu deus ainda vou "dentro" pelo gamanço! :)
*as meninas da barra lateral nem sempre me aparecem... fui para lhes dar música e nada!
mas eu também com estas coisas sou um bocadinto para o lento...
Como sabes, conheço bem o disco. Há alguns anos atrás chegou até mim vindo, embrulhado, das tuas mãos. Acho que hoje, lá mais para a noite, vou ao encontro dele.
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