Aqui em baixo está a imagem de uma das mais estranhas (e belas) capas de cd's da minha colecção. No caso, o último Of Montreal, Skeletal Lamping. Um extremo cuidado com os aspectos gráficos, coerentes ao longo da obra, são uma das imagens de marca deste projecto oriundo das terras de Obama. A propósito, Kevin Burnes, frontman do grupo disse: "We feel that there’s no reason to produce another object that just sits on a shelf. We only want to produce objects that have a function and that can be treasured for their singularness." Confesso que a função está por descobrir, mas a forma é de uma coragem estética quase arrebatadora.
O álbum, no que ao som diz respeito (está ainda em fase de crescimento auditivo, chegou somente há uma semana e isto é mesmo ssslllooowwburner), mantém o ritmo burlescodecadentocircenseinusitadocaóticobelo que nos remete para outros mirabolantes registos. Alguns, de outros tempos, outros mais actuais (vaudeville, krautrock, Zappa, Pink Floyd, Depeche Mode, Prince, Pavement, Fiery Furnaces, Arcade Fire, Andrew Bird, Animal Collective...). Nada do que se ouve é linear: há sempre outros sons, outras melodias que parece que nascem a cada audição. Aos poucos vai crescendo. Impregna-se. Torna-se parte íntima de mim. Na música, como em quase tudo, nada se inventa já. Mas é exactamente na forma como reinventam, que os Of Montreal são mestres. Singulares, se quisermos.
2 comentários:
Bora aí apanhar um avião e ir ver estes gajos?
Amigo, achas que já não estive a ver a agenda de concertos?! Infelizmente não estão, para já, na Europa. Mas sei que, um dia, vamos estar juntos a "tripar" e"curtir" (não me lembro de vrbos melhores, desculpa!) esta maluqueira. Haja saúde física (porque a outra não pode haver e ainda bem por isso) ;O)
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