segunda-feira, 28 de julho de 2008
Music for my ears
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Equívocos
Mário Soares
Guantánamo? Repito Talleyrand: é pior do que um crime; é um erro. Não é apenas a imoralidade do que ali se pratica que incomoda uma alma liberal. É, sobretudo, a inutilidade da coisa: em seis anos, os resultados foram pífios. Isto, que é dizer tudo, não chega para o dr. Mário Soares. Em conferência organizada pela Ordem dos Advogados, o dr. Soares resolveu subir um degrau e declarar Guantánamo tão infame quanto os campos de concentração nazis.
Verdade que o dr. Soares tem tido uma velhice assaz bizarra. Mas mesmo pelos padrões recentes do cavalheiro, a frase surpreende. Surpreende, desde logo, porque o dr. Soares não parece informado sobre o que foram os campos de concentração nazis: máquinas de extermínio que não procuravam extrair informação de suspeitos de terrorismo; pretendiam, simplesmente, liquidar os inimigos do Reich, sobretudo judeus, tarefa que a máquina cumpriu com arrepiante eficácia. Em Guantánamo, existirão trezentos indivíduos. Nos campos nazis, morreram seis milhões de judeus. Comparar Guantánamo a Auschwitz, por exemplo, talvez faça as delícias de um lunático. Não devia fazer as delícias do dr. Mário Soares.
Sobra a hipótese, altamente provável, de o dr. Soares ter cedido à hipérbole, perfeitamente consciente da natureza aberrante e até ofensiva da comparação. Mas, se assim é, lamenta-se que o dr. Soares considere Guantánamo "o caso mais nefasto de um atentado consciente aos direitos humanos em larga escala e sem perdão", esquecendo-se de outras pocilgas morais e humanas que transformam Guantánamo numa espécie de Clube Med. De repente, e assim só de cabeça, eu sou capaz de lembrar o Darfur. A Somália. O Zimbabwe. Os gangsters de Burma. Toda a Coreia do Norte. A Eritreia. A Guiné Equatorial. E, escusado será dizer, a prisão colectiva que está ao lado de Guantánamo e que não parece comover o humanismo do dr. Soares. Nenhum destes poisos está na mão dos americanos? Facto. Mas isso não devia ser motivo para o dr. Soares os discriminar."
My twenty cents for nothing
terça-feira, 22 de julho de 2008
Chateia mas...
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Mesh
domingo, 20 de julho de 2008
E por falar em SENHORES
sábado, 19 de julho de 2008
Joe Petardo
Os portugueses sofrem do mal da memória curta. Só assim se explicam fenómenos como Santana Lopes, Avelino Ferreira Torres ou “Sousas Cintras”. Joe Berardo, talvez por não ter nascido no continente; ou pela influência cultural americana que lhe talhou o carácter, na entrevista dada à revista Sábado da semana passada, muito ao seu estilo, demonstrou que esse mal não o afecta.
Por acaso até embirro com a figura (e muito!) mas soube-me bem ler o que li acerca do nosso Presidente da República porque é exactamente o que penso. Haja memória.
“A nossa economia está de rastos e ele é o grande culpado. Estava à frente do governo quando Portugal teve a oportunidade de se desenvolver com todo aquele dinheiro que vinha da comunidade europeia. E, quando a economia estava a crescer, criou aquele tabu...(...) ele é o grande responsável pelo martírio que os portugueses estão a passar agora”.
Revista Sábado nº219
Querem apostar que Cavaco Silva vai ser reeleito?!
P.S. É fácil ceder à tentação de pensar que o Centro Cultural de Belém, local de alojamento da colecção Berardo, foi obra de Cavaco. Pois foi. Mas é fundamental não nos esquecermos quem está a fazer o jeito à cultura portuguesa. Não é o estado português via CCB. É Joe Berardo. E convites para o empréstimo do seu espólio não lhe faltaram. Ou faltam.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Euroteiro
P.A.L.A.V.R.A.S./L.E.T.R.A.S
terça-feira, 15 de julho de 2008
O que venho ouvindo
sábado, 12 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
O que venho ouvindo
Recordo Beck e Loser, primeiro single de Mellow Gold, álbum que entrou já na adolescência (1994). Loser nasce de uma tentativa falhada de Beck: o rap fascinava-o e tentou improvisar umas quantas rimas. Como não gostou do resultado final, começou a brincar com o facto de se considerar um loser (falhado). Doce ironia do destino!
A história da música contemporânea também é feita destes acasos que resultam num produto final melhor que a intenção inicial. Com novo trabalho à porta (Modern Guilt), ouvir e relembrar Beck é homenagear um dos mais multifacetados músicos da actualidade e uma forma de melhor percebermos as nuaces melódicas e de estilo que, inevitavelmente, farão a breve trecho, parte do mainstream. Beck é gente com "vistas largas" que não se importa de apontar caminhos. Ouça-se Loser.
A couple of weirdos, that's what they are
terça-feira, 8 de julho de 2008
Mais do mesmo?
O Benfica contrata como se fosse à Champions. Se calhar vai. Se calhar já sabem, mas nós não.
Se assim não for, Rui Costa está, basicamente, a fazer o que fizeram todos os seus antecessores, o que não abona em favor da figura. Nem do clube, que não me parece precisar, mais uma vez, desta onda maciça de entradas e saídas.
Falcão da noite II
"Jim Hughart, who played upright bass on the recordings recalled the experience of preparing for and recording the album:
Preparing for this thing, we had to memorize all this stuff, 'cause Waits had nothing on paper. So ultimately, we spent four or five days in a rehearsal studio going over this stuff. And that was drudgery. But when we did actually get it all prepared and go and record, that was the fastest two days of recording I've ever spent in my life. It was so fun. Some of the tunes were not what you'd call jazz tunes, but for the most part that was like a jazz record. This was a jazz band. Bill Goodwin was a drummer who was associated with Phil Woods for years. Pete Christlieb is one of the best jazz tenor players who ever lived. And my old friend, Mike Melvoin, played piano. There's a good reason why it was accepted as a jazz record."
(via Wikipedia)
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Falcão da noite
"Falo por experiência"
“Aos oitenta anos, sonha-se quando se pensa.”
José Saramago para Mia Couto, a propósito de uma personagem de Venenos de Deus, Remédios do Diabo, livro mais recente deste último autor.
Mia Couto, ao pensar uma das suas personagens, fá-la dizer que "Aos oitenta só pensamos quando dormimos". Pôs-se a jeito e Saramago não dorme. Já sonha.
A oculta inteligência do corpo
domingo, 6 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Pontos nos is
"Há gente que pretende fazer uma omeleta ortográfica a toda a pressa. Mas não quer que se veja que os ovos estão de todo impróprios para consumo e muito menos analisar o estado em que eles se encontram." |
Vasco Graça Moura, "Diário de Notícias", 02-07-200 |
Here
I was dressed for success
but success it never comes
and i'm the only one who laughs
at your jokes when they are so bad
and your jokes are always bad
but they're not as bad as this
come join us in a prayer
we'll be waiting waiting where
everything's ending here
and all the sterile striking it defends
an empty dock you cast away
and rain upon your forehead
where the mist's for hire if it's just too clear
let's spend our last quarterstance randomly
go down to the outlet once again
painted portraits of minions & slaves
crotch mavens and one act plays
are they the only ones who laugh?
at the jokes when they are so bad
and the jokes they're always bad
but they're not as bad as this
come join us in a prayer
we'll be waiting waiting where
everything's ending here
and all the spanish candles unsold
away have gone to this
and a "run-on piece of mount on"
trembles, shivers, runs down the freeway
i guess she spent her last quarter randomly
i guess a guess is the best i'll do
last time last time
was the best time...
we spent randomly