quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Silêncios que gritam

Marina Abramovic é uma artista plástica de origem sérvia. Nos idos anos setenta viveu uma intensa relação de cinco anos, com Ulay (Uwe Laysiepen). Excessiva, na vida como nas suas obras, viveu com Ulay um daqueles amores cheios e únicos. Separaram-se na muralha da China após terem concluído que o que os mantinha juntos se havia transformado. “That walk became a complete personal drama. Ulay started from the Gobi Desert and I from the Yellow Sea. After each of us walked 2500 km, we met in the middle and said good-bye.(...) We needed a certain form of ending, after this huge distance walking towards each other. It is very human. It is in a way more dramatic, more like a film ending… Because in the end you are really alone, whatever you do”. Durante vinte e três anos não se viram. Até que, em 2010, o MOMA homenageou a obra da artista. Ao longo de mais de setecentas horas, aconteceu o "The artist is present", onde qualquer pessoa se sentava, em silêncio, à frente da artista, durante cerca de um minuto. Uma das pessoas foi Ulay. Este é o vídeo do seu reencontro. Há silêncios que gritam.


Uma versão da história pode ser lida aqui e foi produzido um filme/documentário intitulado "Marina Abramović: The Artist is Present", que tive o prazer de ver * ontem à noite. 


*sugestão de link com muita coisa interessante.

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