quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mar misturado


Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.

Pois tu me libertas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...

— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.

Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

A. Rimbaud

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

'cause that's how I feel...

..."emotionfied", se houvesse. Como não existe, crio o neologismo. De emotion. O espírito está na melodia de Emulsified dos Yo La Tengo, aqui tão a preceito.
Yo La Tengo - "Emulsified"

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Melodias que me fizeram...

Em dose dupla.

Lloyd Cole And The Commotions - "Perfect Blue"

Lloyd Cole And The Commotions - "Pretty Gone"

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A good laugh

Sempre achei que Cosmo Kramer era muito igual a Michael Richards. Agora fiquei sem dúvidas. Brilhante momento de Comedians In Cars Getting Coffee.

...e vale a pena ver as spare parts no site, logo abaixo do vídeo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Primavera distante

The Vaccines
Ariel Pink's Haunted Graffit
Há oito dias atrás, por esta hora, estava a ver a actuação dos Ariel Pink Haunted Graffiti no Centro São Mamede, em Guimarães. Momento banal a deixar água na boca, de som de fraca qualidade e público frio. Eis o que me fica na memória. Minutos antes, tinha estado com Sharon Van Etten, num registo completamente diferente, e num espaço diferente. Mais tranquilo, com a voz da nova iorquina a entoar melodias de Tramp, Epic e Because I Was In Love, este primeiro momento do Optimus Primavera Club, marcará o início de três dias de bons momentos, com muito frio à mistura.
Swans
Sábado chega com a incompreendida actuação de The Swans, o antigo projecto conceptual de rock industrial. A banda de Michael Gira, que já anda nestas andanças desde 1982, remeteu-me para os tempos em que fazia rádio e passava regularmente, entre outras coisas do grupo, uma belíssima cover de Love Will Tear Us Apart. Foi uma actuação bem ao estilo da música que fazem, cheia de força, com uma excelente secção de percussão a ditar os princípios Old School que muita gente estranha: desde a iluminação igual do princípio ao fim até à forma como a amplificação é feita indirectamente, através de micros colocados à saída dos bonitos Orange que coloriam o palco do CCVF. 
Cats On Fire
No Domingo foi a vez de rever os finlandeses Cats on Fire. O álbum novo não trouxe grandes novidades e mantêm o mesmo tipo de registo sonoro. Por fim, no mesmo palco do Centro São Mamede, a terminar o festival (o meu, pelo menos), actuaram The Vaccines. Os londrinos apresentaram-se com Come Of Age, o seu mais recente trabalho, a servir de base a uma actuação marcada por uma entrega de um público que, até ao momento, andava envergonhado. Passaram em revista os seus dois trabalhos e ficam, como registo de memória,  no meio de um excelente concerto, os temas No Hope, I Wish i Was A Girl, Post Break-Up Sex e Wetsuit, com lamento para a ausência de Weirdo (por muito que alguém no público desse voz a "I'm the weirdo!"). Por último, paralelamente ao fim de semana, destaque para a tasca (termo sem conotação que não seja positiva) do Tio Júlio, espaço de partilha, comes e bebes, com atendimento personalizado e uns pregos absolutamente memoráveis.
The Vaccines

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lições de crianças

Numa acção para combater a fome, a Acción contra el Hambre, uma ONG espanhola, editou um vídeo com o pressuposto da partilha como parte da solução para este problema. Para isso filmou 20 crianças sem que soubessem. Só estes modelos têm as características para provar a tese e provaram isso mesmo. Com um sorriso nos lábios.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Melodias que me fizeram...


She's so cold (Emotional Rescue) - The Rolling Stones 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A hora do cansaço


As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quando o menos é mais...

O anúncio original:


...e a paródia do mesmo anúncio:

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

Amazing grace


Em 1984, aquando do lançamento do primeiro Macintosh, Steve Jobs afirmou:
"We’re gambling on our vision, and we would rather do that than make “me, too” products. Let some other companies do that. For us, it’s always the next dream". O novo iPad Mini não é o mais inovador dos produtos, no mercado. Mas o seu pai, o iPad original, foi, e determinou o futuro deste mesmo mercado e da vida digital da nova sociedade mundial. The Apple way! O iPad mini, não sendo tão inovador como o seu antecessor, é um milagre da tecnologia. Com o tamanho e peso certos. A noite de hoje, e a experiência de contacto com o meu, com horinhas de vida, fizeram-me relembrar o visionário Steve Jobs e a sua capacidade de admirar convictamente os seus produtos. Entendo-o cada vez mais. O iPad versão concentrada é uma pequena amazing grace.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

verde secreto


A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer

A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

Alexandre O’Neill

terça-feira, 23 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

de passeio, Lake Street Dive

.... e as vozes... a voz, senhor...

Lake Street Dive - "I Want You Back"  num passeio de Boston

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Embalos

Tindersticks - A Night So Still

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Do 8 ao 80

Embora date de Maio de 2010, e não sendo apreciador do género, fica esta enorme lição de vida dada por Janey, uma senhora de (agora) 82 anos, mãe de 7 filhos, etc... Ou como as aparências enganam.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Bail(a)lados


Da responsabilidade do projecto Bandaloop.

domingo, 30 de setembro de 2012

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

E o limite do limite?


Há um limite para se ser profundo. Há um limite para se ser subtil. Há um limite para se ser bom observador. Nós temos de nos mover num mundo de limites para a viabilidade de se ser. O limite da profundeza é a escuridão. O da observação é o do microscópio electrónico. Mas tudo no homem é assim. Para lá de certos limites é a confusão, a gratuidade, a loucura. Assim o grande amor se reconhece na morte ou o excesso da razão na confusão ou sofisma ou absurdo ou impensável ou gratuito. Todo o excessivo no homem é desumano ou degenerescência ou vazio. Mas que há de grande no homem senão o excesso de si? E é decerto aí que mora Deus. Ou mais para lá.
Vergílio Ferreira, Escrever

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Melodias que me fizeram...

Stephen Malkmus "Freeze The Saints"
We meet again
Riding our divisible bodies
Feel no shame
Luck is love is on

If you need the pain
Well you are, yes you are so much like me
Seasons change--nothing lasts for long
Except the earth and the mountains
So learn to sing along and languish here
Help me languish here

It was long ago
That all of your willing dimensions
Lost the flow
And vanished in vaneer

But iI want to know
If you are, yes you are so much like me
Steel restraints
Zodiac ballet, everybody play
There's no more counting days, you languish here
Help me languish here

You said, "done is good,"
But done well is so much fucking better
Share the wealth
And cauterize the tears

If you want to know
Well you are, yes you are so much like me
Freeze the saints
Such a subtle read, exquisite pedigree
Just let yourself be and languish here
Help me languish here

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A importância de ter vivido

... e um anúncio fenomenal da Wideroe, uma companhia aérea norueguesa.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A propósito de pessoas bonitas

Agustin é um hondurenho que viveu e vive apaixonadamente o seu sonho. Deseja voar. Marcado por juízos constantes relativamente à sua sanidade mental, nunca desistiu. Agustin sofre de poliomielite e por isso vive numa cadeira de rodas. Também não é por aí que o sonho deixa de crescer. Agustin vive o seu sonho como todos nós gostaríamos de viver os nossos. Agustin há-de ser um anjo. Nesta vida ou noutra. E há-de voar.
Para quem quiser contribuir.

sábado, 15 de setembro de 2012

Melodias que me fizeram...

...e a vida também vive de pontos finais!
Ibrahim Ferrer & Omara Portuondo - Silencio

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

no seio do movimento


Encantei-me com as nuvens, como se fossem calmas
locuções de um pensamento aberto. No vazio de tudo
eram frontes do universo deslumbrantes.
Em silêncio via-as deslizar num gozo obscuro
e luminoso, tão suave na visão que se dilata.

Que clamor, que clamores mas em silêncio
na brancura unânime! Um sopro do desejo
que repousa no seio do movimento, que modela
as formas amorosas, os cavalos, os barcos
com as cabeças e as proas na luz que é toda sonho.

Unificado olho as nuvens no seu suave dinamismo.
Sou mais que um corpo, sou um corpo que se eleva
ao espaço inteiro, à luz ilimitada.
No gozo de ver num sono transparente
navego em centro aberto, o olhar e o sonho.

António Ramos Rosa

domingo, 9 de setembro de 2012

Bleep blap bloop

A propósito da habilidade para reproduzir sons com distinção no género... Apesar do óbvio(!), admito que conheço elementos do sexo feminino que contrariam a ideia expressa neste bem conseguido filme. Badoin....

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Café com Jerry


Aqueles, que como eu, ainda não recuperaram do desaparecimento de Jerry Seinfeld da programação televisiva, podem sempre acompanhar as suas aventuras na web. A sua mais recente empresa passa por ter um convidado semanal, um carro vintage e um café. Chama-se Comedians In Cars Getting Coffe e garante bastantes minutos de bom humor e conversa inteligente, como só Jerry sabe.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Melodias que me fizeram...

Smashing Pumpkins - Disarm ("Siamese Dream"-1993)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Rostos...

...
o teu rosto à minha espera, o teu rosto 
a sorrir para os meus olhos, existe um 
trovão de céu sobre a montanha. 

as tuas mãos são finas e claras, vês-me 
sorrir, brisas incendeiam o mundo, 
respiro a luz sobre as folhas da olaia. 

entro nos corredores de outubro para 
encontrar um abraço nos teus olhos, 
este dia será sempre hoje na memória. 

hoje compreendo os rios. a idade das 
rochas diz-me palavras profundas, 
hoje tenho o teu rosto dentro de mim.

José Luís Peixoto

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Há dias...

Prelúdio de tempos que se desejam e começam hoje...
..............

Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda.

Eugénio de Andrade

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O homem que ouve as cores

Neil Harbisson sofre de acromatopsia mas tem a capacidade única de ouvir as cores. É uma espécie de eyeborg transportando sempre consigo um dispositivo implantado, que lhe permite a tradução das cores em sons. Mas aquilo que poderia ser uma limitação é, para este artista plástico, uma oportunidade de se desenvolver. Tal como os cyborgs que tanto considera.
 

sábado, 14 de julho de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

Miss Fiona

Num clássico de 1926... uma autêntica trincadela na maçã.

Fiona Apple - You Belong To Me

sexta-feira, 29 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Entrar no café com um rio na algibeira


Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...

A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.

Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.

E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.

José Gomes Ferreira

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Melodias que me fizeram...

David Sylvian - Let The Happiness In

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Hoje é o dia das avós

Para mim e muitas outras pessoas. Embora as avós não tenham dias. Têm anos e rugas de bondade eterna, carregadas de amor.
Eis a carta de José Saramago (ele que deixou este mundo há, precisamente, dois anos...) à sua avó Josefa, analfabeta e sempre feliz, no que se revela um relativo mistério para o autor. Como Saramago, nunca vi nem verei olhos tão doces como os da minha Avozinha. De todas as avozinhas. De certeza.  Hoje é o dia das avós. Para mim. E não só.

"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. (...) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.
Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.
Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.
É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua."
José Saramago

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O til da paixão

Quando as palavras não sabem nem podem...
...
O mais recente de Fiona Apple (sete anos depois de Extraordinary Machine) é a sublimação do belo e da força num conjunto de canções que são muito mais do que música. É uma alquimia com sentido. Isso não tem preço. É o til da paixao.

Fiona Apple - Every Single Night

terça-feira, 12 de junho de 2012

Melodias que me fizeram...

Martin Stephenson & the Daintees - Piece of the Cake (1986)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sorriso do dia

Dueto iraniano entre avô e neto (6 anos!).

terça-feira, 5 de junho de 2012

Melodias que me fizeram...

Joy Division - "Love Will Tear Us Apart"

Agregando ideias

Grande Dra. Paula Romão!! As gotas de suor que correram da testa de quem tenta defender o que não tem defesa, dizem bem do que se passou no "Prós e Contras" de há pouco. Foi o discurso de um centímetro a tentar durar o metro; e o discurso de quem sabe, e tem o tamanho de estrada com portagem. A minha homenagem sincera pelo que disse, de forma tão certa, avisada e conhecedora, dando assim voz virtual a quem, como ela, também vive a escola todos os dias e se preocupa verdadeiramente com o futuro deste país.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estar entre o vento e o olvido

Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.

António Ramos Rosa, Facilidade do Ar

domingo, 3 de junho de 2012

Coisas que já sei há muito

Isto, por exemplo.

Luas

Não gosto de sentir que me enganei. Não gosto mesmo. Mas sei sempre aceitar que posso estar errado relativamente a pessoas ou ideias que tenha como certas. Sempre que tal me é demonstrado, o desgosto do engano passa a gosto. Quis o destino que a conversa com gente bonita me fizesse repensar, de certa forma, Eduardo Sá. Não concordando com algumas das suas ideias relativamente à forma como vê a Educação, tenho de conceder: quem escreve assim, merece um "like"!
"Não sei o que se pode esperar dos anjos, para além de que voem. É-me difícil "vê-los" e desconheço como podem ter asas não tendo costas... Mas, apesar das dúvidas ou das convicções, imagino os anjos parecidos connosco... e a voar. Talvez porque Miguel Ângelo os tenha pintado sem sexo, aos anjos as pessoas associam a ingenuidade e a pureza das crianças. Não penso assim. Imagino que as crianças se parecem com os anjos porque, como eles, voam. Voam quando trazem alguém para os seus sonhos, como voam de encantamento. Há sempre um "alguém" em cada pedaço do nosso crescimento. Quando esse alguém faz de "Ali Babá" e nos traz um "abre-te sésamo", sempre que se chega para nós, voamos pela sua mão. Junto das pessoas que gostam de nós não somos anjos se bem que, com elas, aprendamos a voar. As pessoas crescem a ritmos diferentes e em direcções que, por vezes, as desencontram. Não são os momentos em que sonham ou se encantam que as separa, mas as vezes, de menos, em que não dizem "espera por mim"."

sábado, 2 de junho de 2012

No reino da desdita

Um retrato lúcido e corajoso do Portugal que temos, pela voz de um grande jornalista.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Melodias que me fizeram...

Jeff Buckley, ainda e sempre. A 29 de Maio de 2007, calou-se. A sua obra permanece intacta. E assim será sempre. Hallelujah.
Jeff Buckley-Hallelujah

Uppleva

Gosto mesmo muito do conceito.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Coisas que saúdo


It's a BlackBerry/PlayBook. E estou a adorar a experiência! Pelo preço, é imbatível, e não há Android que lhe chegue. Ainda assim fica aquém do iPad mas, em alguns aspectos, ultrapassa-o. Ah, e já mencionei o preço? Shhhhh!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O homem que molda animais mas não pessoas


O mundo dos savants, gente diferente porque vive no superlativo da inteligência e da habilidade, é algo que me fascina muito. Ao conhecer as suas histórias de vida, verifico que há sempre algo em comum: um grande coração. É sempre gente boa. Como se o tamanho daquilo que sabemos interferisse no tamanho do nosso coração. Bem sei que é o que acontece muitas vezes mas, no caso de Alonzo Clemons, esta questão revela-se mais interessante. Exímio escultor de animais, com as ferramentas das suas mãos, começou recentemente a juntar gente às suas esculturas. No entanto, as suas capacidades para este grupo, revelam-se diferentes. Que conclusões se poderão extrair desta estória? Muitas, mas uma sobressai desde logo: se a qualidade final do objecto for proporcional ao sentir e ver de Clemons, não ficamos muito bem vistos. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Quando menos é mais


Chama-se GausWheel (embora também seja conhecida por Magic Wheel), pesa pouco mais de 6 kg e tem preços que começam nos 120 euros. Mais uma criativa e eficaz solução para esta endémica crise. Isso ou um verdadeiro acto de empreendedorismo. Uma oportunidade de vida, portanto!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Lamentos

A morte estúpida de Bernardo Sassetti deixa ainda maior vazio neste país que se estupidifica a cada dia que passa. Desaparece quem enchia o silêncio de melodias. Ficam as memórias e os registos do que gravou. RIP.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bourdain em Lisboa

O episódio de No Reservations, de Anthony Bourdain, filmado em Lisboa, já foi para o ar nos USA. Aqui fica agora para nós todos, os autóctones do país retratado. Até tem uma conversa com A. Lobo Antunes, um dos autores favoritos do gastrónomo e chef. Imperdível.

domingo, 6 de maio de 2012

Mães

Anúncio belíssimo da Procter and Gamble, com agulhas apontadas aos Jogos Olímpicos de Londres. Ao mesmo tempo consitui um justo tributo às mães, essas intemporais heroínas. 

sábado, 5 de maio de 2012

Marcado

Este é mais um daqueles álbuns que precisa de certo pousio para se revelar. Depois, é só colher.

EMA - 'Marked'

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Coisas que saúdo

O novíssimo sistema operativo da canadiana RIM, o BackBerry 10, promete. Está ainda em fase de desenvolvimento o terminal que o acolherá mas, já muito perto da versão definitiva, também é um espanto. Não vai colocar em risco o domínio da Apple mas merece ser levado a sério.

sábado, 28 de abril de 2012

Imagens?


Paul Cadden é um desenhador que afirma que "as suas obras intensificam o normal". Notável definição. Conheci-o via Público e fiquei com imensa vontade de ter um dos seus desenhos. Sim, são mesmo desenhos. Não confundir com fotografias. Apenas imagens reais desenhadas a lápis, que me fizeram olhar para pormenores habitualmente esquecidos. Quase inacreditável, mas real.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Banda sonora

Jack White, a cru. Em audição rotativa e constante porque são estes os sons que nos fazem sentir vivos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Coisas que saúdo


A volta do correio de ontem trouxe-me "Drunken Sailors & Happy Pirates", terceiro trabalho de um colectivo de Coimbra que dá pelo nome de A Jigsaw. Sons bem medidos, gravitando à volta de americana, com cheirinhos a Tindersticks ou Nick Cave, o que saúdo com veemência pois acontece pouco por cá.
Dizem eles, e eu acredito, "Somos em todos os momentos o princípio e fim de nós próprios. Então como se chega a ser o que se é entre esses dois? Este é um álbum que nos conta da construção do indivíduo; a construção da nossa identidade através de quem antes de nós partiu para alto mar à conquista da sua. Desta vez partimos nós nessa embarcação para a qual convidamos essas estranhas sombras que nos vêm visitar: estes Drunken Sailors & Happy Pirates que encontraram em nós o seu albergue são pilares do que somos hoje". Bring on the rum, lads.

A Jigsaw - The Strangest Friend

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jogo de leões

Imagem www.mundodeportivo.com
Há 27 anos (!) estive lá, no velhinho estádio, a torcer por Jaime Pacheco, Damas, Sousa e companhia. O baú recuperou recordações de um jogo que não foi televisionado o que impede que se veja hoje um dos mais belos golos que vi, da autoria de  Sousa. Foi o terceiro de um jogo em que o Atlético de Bilbao ficou a zero, sendo eliminado. Hoje vi, mais uma vez, um Sporting com raça, a praticar bom futebol e capaz de chegar à final de Bucareste. Mas vi também no opositor um clube especial, que mantém os seus princípios de defesa da nação basca (todos os seus jogadores continuam a ser bascos ou com fortes ligações ao País Basco), com muita qualidade, carisma, e um enorme treinador que é também um guru do futebol actual. Foi um jogo de leões (é desta forma que são conhecidos, em Espanha). San Mamés nos valha. E vai valer.
Bilhete com 27 anos. A ida à bola valia 2€!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Esta estranha aldeia virtual

"The feeling that ‘no one is listening to me’ make us want to spend time with machines that seem to care about us.” Pistas para a compreensão dos novos media pela voz de Sherry Turkle. Mais uma lúcida apresentação de TED. Fundamental para a reflexão do quotidiano.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Melodias que me fizeram...

Durutti Column - "Jacqueline" Live 1988 (do álbum LC)

terça-feira, 10 de abril de 2012

A propósito

Cheguei há pouco de Lisboa. Terminei a estada por lá da melhor forma, na companhia do meu velho amigo, a comemorar (bem, ele nem por isso...) a vitória do Sporting no Alvalade XXI. Valeu! A propósito, eis os planos para a zona envolvente do estádio. Se ficar como está previsto, vai ser um prazer para a vista.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Linhas oníricas

I Believe I Can Fly (flight of the frenchies), é um projecto notável com imagens verdadeiramente arrebatadoras. A ver na totalidade assim que for possível. Até lá, vão valendo alguns minutos que já estão disponíveis. São retratos da força dos sonhos dos verdadeiros homens livres. A propósito:
"Tenho mais pena dos que sonham o provável, o legítimo e o próximo, do que dos que devaneiam sobre o longínquo e o estranho. Os que sonham grandemente, ou são doidos e acreditam no que sonham e são felizes, ou são devaneadores simples, para quem o devaneio é uma música da alma, que os embala sem lhes dizer nada. Mas o que sonha o possível tem a possibilidade real da verdadeira desilusão. Não me pode pesar muito o ter deixado de ser imperador romano, mas pode doer-me o nunca ter sequer falado à costureira que, cerca da nove horas, volta sempre a esquina da direita. O sonho que nos promete o impossível já nisso nos priva dele, mas o sonho que nos promete o possível intromete-se com a própria vida e delega nela a sua solução. Um vive exclusivo e independente; o outro submisso das contingências do que acontece. "
Fernando Pessoa, in "O Livro do Desassossego"

sábado, 31 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Melodias que me fizeram...

Restos de sons do fim de semana. Continua a ser um disco incrível.
The Triffids - "Only one life"

quinta-feira, 15 de março de 2012

Nos quartos

Por acaso fui daqueles, poucos, que acreditou que poderia acontecer. A semana passada lá estive no estádio a acompanhar o meu clube. Hoje fi-lo em casa. Por pouco não fui despejado, tal a intensidade e emotividade do jogo. O que é certo é que à custa de tanto sofrimento e arte (e sorte, também), o Sporting mereceu. Venham os quartos de final. Até lá, passeio pela imprensa inglesa onde sorrio e me deleito com títulos destes.
Foto Skysports
Foto "A Bola" online

Blues Explosion

Homenagem àqueles que tocaram hoje no Hard Club, e eu não vi... 
Este foi um daqueles dias. Blues explosion, portanto!

terça-feira, 13 de março de 2012

Porque todos os Jacobs merecem estar "nesta terra"

...ou a força de uma ideia.
Sim, fui um dos mais de 70 milhões que já viram este filme e dei por bem dada a quase meia hora que dura. E voltei a vê-lo. E das duas vezes comovi-me com as estórias que ele mostra. Esta é também a estória da Invisible Children, uma organização que recorre a todos os meios, como a produção de vídeos como este, tão bem idealizados e realizados que até chateia, para trazer alguma justiça ao mundo. Esta também é a história de um assassino que se chama Koni e que faz do Uganda um inferno na terra. Esta é também mais uma estória do mundo em que vivemos e que, desejo muito, tenha o sucesso que merece. Acima de tudo, "Koni 2012" é um exemplo daquilo que devemos ser. Este exemplo demonstra que é possível e que... "This is what the world should be like". As guerras começadas podem ser terminadas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Geek Love

A foto possível, iPhone made
Quando estamos prestes a ver a performance de Thurston Moore, o que menos esperamos ouvir é "mas quem é este gajo?! É português? (!)". Ou ainda "é o More? Então é o do 007 "(sic). Mas ontem, estes ouvidinhos que limitam a minha cabeça, ouviram isto. Isto e muito mais, naquilo que considero que é fundamental a organização da Capital Europeia de Cultura rever: a política de oferta de bilhetes. É que, fiquei com a ideia, eu, pobre pagante, que à minha volta ninguém sabia ao que ia. E convenhamos que aparecer assim, sem mais, num concerto do guitarrista dos Sonic Youth, pode deixar marcas profundas em muita gente. Sobretudo à desconhecida Rita que, atrás de mim, ouvia os conselhos dos pais relativamente à hora tardia e à eventualidade de ter sono "amanhã, que vais cedo para a escola"! Moore ajudou à festa. Demorou a aquecer e não é admissível que os quatro músicos subam ao palco sem terem feito o prévio sound check ou afinado as guitarras. Mas foi o que aconteceu: durante dez minutos, Thurston Moore pegou em guitarras; deixou-as cair; afinou-as; bebeu água; entornou água; conversou com os colegas em palco; e terminou dizendo, pleno de ironia, "ready when you are"! Depois... Bem, depois deu voz à sua Fender Jazzmaster. John Moloney acompanhava à bateria, secundado por Keith Wood (2ªs guitarras) e Samara Lubesky no violino. E partiu para uma performance digna de um old timer que tem feito do palco a sua vida e que, embora muitas das pessoas que ali estavam não soubessem, é uma das lendas da história do Rock.
Thurston Moore, foi mentor dos seus temas e, como sempre, mestre da distorção. Usou o feedback a preceito, alongando talvez de mais os devaneios que rematam os temas, mas quem o foi ver já deveria saber que é assim (não sabiam!). Recuperou temas do seu primeiro a solo, "Psychic Hearts" ("Queen Bee and Her Pals", "Feathers", etc); percorreu "Trees Outside the Academy" (antes de tocar "Fri/End", com intrigante razão, acrescento eu, afirmou "In a way, geek love is the best love") e o seu trabalho mais recente, já para a Matador Records, intitulado "Demolished Thoughts". Aqui residiu a grande novidade. Este seu último trabalho é um álbum de cordas, com pouco ruído de percursão. Melódico, dentro do conceito de melodia de três, quatro, cinco variações de notas repetidas. Ontem, Jonh Moloney, o joker inesperado, que participou na gravação de apenas um tema de "Trees Outside the Academy", trouxe a força que "Demolished Thoughts" necessita, ao vivo. Até ao último dos três regressos ao palco (para desespero da grande família que ocupava o resto da fila onde eu estava, e a quase totalidade da fila de trás), funcionou como um coração pungente. Notável a sua batida. Notável a maneira como as guitarras acústicas se encaixaram no seu ritmo. As cordas de Thurston, Wood e Samara ganharam outra vida. Ganham outra vida. E um concerto que teve tantas pinceladas surreais confirmou-se como um grande concerto. Mesmo porque os incidentes entre temas passaram a fazer todo o sentido. As pausas (imensas) para afinar a guitarra; a cerveja partida num prato da bateria de Moloney; o arroto perdido mas bem ouvido por todos (!); o ter perguntado como se traduzia Portugal (alguém respondeu "good love" e assim ficou!); enfim, de tudo aconteceu ali, num Centro Cultural Vila Flor cheio de um público apreciador e de outro, bem menos, ou mesmo nada. 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Retratos de vidas

Imagem vencedora do WPP em 2011, da autoria de Samuel Aranda

A Annie Leibovitz é imputada a afirmação "If it makes you cry, it goes in the show". Se a proferiu de facto, não se sabe. Mas que tem muito de verdade, isso tem. Será um pouco assim a lógica que subjaz ao prestigiante prémio World Press Photo. Ora veja-se o excelente trabalho do Expresso online, onde as melhores imagens do ano, com toda a sua crueza, surgem alinhadas ano a ano. A beleza, quando se mistura com o horror, tem uma estranha influência nas sensibilidades de todos nós.

sexta-feira, 2 de março de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

I am the escaped one


I am the escaped one, 
After I was born
They locked me up inside me
But I left.
My soul seeks me,
Through hills and valley,
I hope my soul
Never finds me.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Percebi que...

...uma noite na companhia de Stan Getz tem tons de beleza e de "maldade". Já desconfiava.

Stan Getz na companhia de Jobim..uma maldade, tanta é a beleza.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Coisas que saúdo...

Vale muito pelo tema, que se entranha em cada audição, mas também pelo curioso processo de produção do clip. Não foram usadas quaisquer câmaras de filmar. Foram tiradas mais de 15000 fotografias que, através de stop motion, resultam num interessante filme. 

The Ambience Affair - "Devil in the Detail"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Melodias que me fizeram...


Jeff Buckley - "Everybody here wants you"
…porque há momentos assim...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pure pop

Belle & Sebastian - I Didn't See It Coming ('Belle and Sebastian Write About Love'-2010)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

The kavorka

Kavorka re-cut…outra homenagem a Seinfeld. A propósito de…cenas da espuma dos dias.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Vidas

O grande herói escocês, William Wallace, já tinha avisado: "Every man dies. Not every man really lives". Diz-nos o "i" que assim é, de facto.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Babies…are little"

O marketing pela voz de uma criança de cinco anos. Perspectivas de quem vê "um outro mundo". Sorriso do dia.

Cortesia Ladd

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Do céu caiu uma estrela

…porque continua a ser um filme maravilhoso e tem um dos mais belos títulos que por cá já se criaram.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Melodias que me fizeram...

O herói da minha noite musical.

Elliot Smith - "Between the bars"

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Contra mim bate a esperta difusão do tempo



Contra mim bate a esperta difusão
do tempo, a extensa confusão do
olhar, a vibrante galeria da
cor: o espaço. durante uma
pequena e qualquer loucura, não
me componho.
se não somos mudos, ficarei
surdo. nestas rochas onde o
sol se desleixa e persegue as
águias que escondem ninhos
secos.
e é quando tento agarrar
o sol que reparo ter
as mãos convexas
valter hugo mãe

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Evolução

A Evolução segundo Louis C. K. Homenagem a um enorme cómico (responsável por tantas gargalhadas por aqui).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quisera voar

O ponto de vista de um bando de grous a sobrevoar Veneza em excerto breve de uma fascinante série de documentários da BBC one. A série chama-se Earthlife e muitos dos seus fotogramas devem-se ao treino de gansos para acompanharem e filmarem os seus colegas de voo. E as imagens são poéticas. Quisera eu voar.

Perguntas

Adaptação do "Poema X" de Pablo Neruda e "Under the Harvest Moon" de Carl Sandburg.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O futuro pertence aos curiosos

"The future belongs to the curious. The ones who are not afraid to try it, explore it, poke at it, question it and turn it inside out."
A visitar ainda, o site da Skillshare, responsável pelo vídeo. Mais um projecto interessante sobretudo para quem, como eu, ama a curiosidade e trabalha na formação e educação. Professor e sempre aluno.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Estímulos

Como fazer emagrecer sem dor. Ma Contrexpérience é um anúncio da Contrex, uma marca francesa de água, amiga da elegância. Sobretudo feminina. Foi rodado em Praga, onde juntaram um grupo de mulheres (e não só), bicicletas de ginásio e neons/leds. Inventaram o palco e deixaram que a curiosidadde natural fizesse o resto. O som, "Comment te dire adieu" (1968), pertence à bela Françoise Hardy com dedo de Serge Gainsbourg. O resto, só vendo.


sábado, 7 de janeiro de 2012

Difuso

James Blake - The Wilhelm Scream

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012