domingo, 3 de junho de 2012

Luas

Não gosto de sentir que me enganei. Não gosto mesmo. Mas sei sempre aceitar que posso estar errado relativamente a pessoas ou ideias que tenha como certas. Sempre que tal me é demonstrado, o desgosto do engano passa a gosto. Quis o destino que a conversa com gente bonita me fizesse repensar, de certa forma, Eduardo Sá. Não concordando com algumas das suas ideias relativamente à forma como vê a Educação, tenho de conceder: quem escreve assim, merece um "like"!
"Não sei o que se pode esperar dos anjos, para além de que voem. É-me difícil "vê-los" e desconheço como podem ter asas não tendo costas... Mas, apesar das dúvidas ou das convicções, imagino os anjos parecidos connosco... e a voar. Talvez porque Miguel Ângelo os tenha pintado sem sexo, aos anjos as pessoas associam a ingenuidade e a pureza das crianças. Não penso assim. Imagino que as crianças se parecem com os anjos porque, como eles, voam. Voam quando trazem alguém para os seus sonhos, como voam de encantamento. Há sempre um "alguém" em cada pedaço do nosso crescimento. Quando esse alguém faz de "Ali Babá" e nos traz um "abre-te sésamo", sempre que se chega para nós, voamos pela sua mão. Junto das pessoas que gostam de nós não somos anjos se bem que, com elas, aprendamos a voar. As pessoas crescem a ritmos diferentes e em direcções que, por vezes, as desencontram. Não são os momentos em que sonham ou se encantam que as separa, mas as vezes, de menos, em que não dizem "espera por mim"."

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