quinta-feira, 17 de março de 2011

Mulher polícia

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Joan Wasser voltou anteontem ao local do crime, no belíssimo espaço que é o Hard Club. E este cúmplice, mais uma vez, esteve lá. Confirmou as percepções do último contacto mantido, esperando apenas que estivesse ligeiramente constipada pois houve momentos em que a voz se mostrou menos consistente do que o habitual (Chemie). The Deep Field foi a base, com um ou outro desvio por Real Life (Eternal Flame e Save Me) e To Survive (Hard White Wall). No meio de muitos momentos onde foi patente a sua cumplicidade com quem a acompanha (Tyler Wood nas teclas e Parker Kindred na bateria); e com o público, com quem conversa sempre que pode e sempre que a (des)afinação da sua guitarra permite, deixando mais uma vez a ideia de enamoramento pela cidade portuense ("vocês têm uma sorte incrível em viver numa cidade como esta").  Inevitavelmente, sempre que vejo Joan as Police Woman, recordo Jeff Buckley e, por diversas razões, sentiu-se o seu espírito por ali, nas letras (Forever And A Year), na forma como pegou e tratou a guitarra e na melancolia escondida com que interpretou alguns dos temas. Ver Joan é também recordar aquele que compôs Eternal Life. Nada é por acaso. Terminou com Say yes, ou a forma de reforçar a sua ideia de redenção perante o que a vida lhe trouxe, e de crescimento perante o futuro que está já aqui. Regressa sempre, Mulher Polícia.


Outro momento aqui graças à generosidade (ainda que não tenha sido consultada para o efeito) de MelissaMolko. Obrigado.

2 comentários:

Carlos Lopes disse...

Belo texto, dude!
Da próxima vez que a vir levo algemas ;-)

Bárbara M. disse...

Jorge, você vai em muitos shows. Nossa. Sorte a sua. beijos