Ontem, por esta hora, ainda me passeava pelo Meu Mercedes, o emblemático e resistente bar da noite do Porto. Na companhia de uns "finos" preparava-me para, com o João Lima, amigo de há trinta anos, ouvir e ver uns rapazes (e uma rapariga) vindos da Finlândia que ele me vem recomendando há já uns tempos. Chamam-se Cats on Fire, têm dois álbuns editados e uns poucos Ep's. Aquilo a que assisti foi o casamento perfeito entre belas malhas de guitarra e letras bem bonitas com recados subtis de vária ordem (The borders of this land, Tears in you cup, ou a belíssima Fabric). A consciência política também faz parte do alinhamento destes finlandeses.
As melodias são vivas e simples, de refrão fácil com evidentes influências de grupos dos anos oitenta, com particular evidência para The Smiths, The Go-Betweens e R.E.M.. Descomplexados, simpáticos e humildes, foram extremamamente profissionais na forma como encararam uma sala pequena e com pouca gente. Os poucos que lá estivemos, gostámos muito. Não me espantaria que, numa lógica de crescimento natural tendo em conta a qualidade, ainda se venha ouvir falar bastante de Mattias Björkas e companheiros.
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