quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Verbo no passado
passou a noite e a manhã.
passou o tempo, passou a gente,
passou cada hora de amanhã;
passou um canto esquecido
nos cantos de cada passo,
passou ao dizer que passo
sem se lembrar do compasso;
passou a vida como se nada fosse,
só passou e foi-se embora,
passou à pressa sem demora,
e passou tudo a quem ficou;
e se mais não passou
no fim de tudo ter passado,
foi porque algo se passou
no último passo que foi dado.
Nuno Júdice
domingo, 27 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Gravity rules
O trabalho mais recente de Carli Davidson intitula-se Shake. Percebe-se porquê ao ver algumas das suas imagens e o vídeo. Valeu a gargalhada do dia.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
FiLIP
Eis o FiLIP, o primeiro (de muitos que aí vêm) localizador e comunicador para crianças, em forma de relógio. O conceito subjacente e muito simples: o relógio dá para comunicar como um telemóvel (5 números de telefone); tem tecnologia GPS que permite saber onde está a criança e definir zonas de segurança; permite receber SMS; tem um botão de emergência e outras características orientadas para a segurança. Tudo a partir de uma aplicação (android e IoS) instalada num terminal celular. Mais informação pode ser encontrada aqui.
domingo, 20 de outubro de 2013
Via láctea
Jaroslav Wieczorkiewicz é um fotógrafo de origem polaca, com estúdios em Londres. Os seus mais recentes trabalhos centram-se na forma de "congelar" elementos líquidos, moldando-os aos corpos das suas modelos. O resultado é admirável. Para breve, está o lançamento de um calendário intitulado Milky Pin Ups, inspirado nas imagens de fotógrafos como Alberto Vargas ou Gil Elvgren (anos 40 e 50). O calendário tem lançamento previsto para Dezembro.
Eis um vídeo com explicações técnicas sobre a forma de fazer esta e outras imagens:
sábado, 19 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
A noite chega com todos os seus rebanhos
A noite chega com todos os seus rebanhos
Uma cidade amadurece nas vertentes do crepúsculo
Há um íman que nos atrai para o interior da montanha.
Os navios deslizam nos estuários do vento.
Alguma coisa ascende de uma região negra.
Alguém escreve sobre os espelhos da sombra.
A passageira da noite vacila como um ser silencioso.
O último pássaro calou-se.As estrelas acenderam-se.
As ondas adormeceram com as cores e as imagens.
As portas subterrâneas têm perfumes silvestres.
Que sedosa e fluida é a água desta noite!
Dir-se-ia que as pedras entendem os meus passos.
Alguém me habita como uma árvore ou um planeta.
Estou perto e estou longe no coração do mundo.
A. Ramos Rosa
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
Au revoir, Eleanor
As Au Revoir Simone são um colectivo de Brooklyn, constituído por Heather D'Angelo (voz/percussão/teclas), Erika Forster (voz/teclas), e Annie Hart (voz/teclas). Juntam-se em 2003 e um ano depois lançam "Verses of Comfort, Assurance & Salvation". O segundo álbum das Au Revoir Simone, "The Bird of Music", seria editado em 2008 e um ano depois sairia "Still Night, Still Light". Em comum aos três trabalhos, o som: uma mescla de sonoridades de teclas dos anos 80; de vocalizações polifónicas; e minimalistas batidas electrónicas. Este mesmo som repete-se em "Move In Spectrums", a proposta mais recente das meninas de Brooklyn, após um hiato de 4 anos sem gravarem, e que foi a base da apresentação de ontem à noite na Casa da Música. No palco, antes do concerto ter início, os teclados vintage apresentam-se, desde logo. Parados. Ao longo do concerto, as protagonistas irão trocar de lugares como forma de retirar alguma carga visual estática da performance. Essa é "contrariedade" habitual das norte-americanas: a movimentação em palco com instrumentos pouco portáteis. Ontem até tiveram a pouco habitual ajuda de uma viola baixo (Annie Hart), no encore, com Fade Into You (Mazzy Star). A lição, no entanto, está bem estudada. "More than" e "The lead is galloping" embalam Annie numa coreografia de head-banging e perna no ar…à vez. Longe vão os tempos em que as vi na sua 1ª actuação no nosso país, em Braga (2007), onde, tímidas, raramente se movimentavam ou sequer mexiam. Sucederam-se os temas de "Move In Spectrums" e na minha cabeça rolam as influências audíveis de Stereolab a Human League, B-52s ou Goldfrapp. Nesta sucessão de temas, o grupo foi competente, sem nunca passar desse registo. Não estamos perante músicas virtuosas. Antes estamos perante músicas com boa voz, criativas, generosas e…. vistosas, com uma candura que é pensada mas que… resulta. A simpatia é uma constante e sucederam-se as juras de amor à nossa pátria e à nossa gente. Fica bem! "Move In Spectrums", não sendo um disco que vá alterar a posição das Au Revoir Simone no panorama da música, é uma aragem de ar fresco. David Lynch deve estar contente e nós, em Fevereiro, a cumprir-se a sua promessa, lá estaremos para as rever. E à sua beleza.
...
Para terminar a noite estava prevista a actuação de Eleanor Friedberger, mais conhecida pela carreira nos The Fiery Furnaces, do que a solo. O seu segundo trabalho, "Personal Record", resulta num conjunto de canções que contam estórias pessoais, em melodias pop, rock & folk. Ontem aconteceu algo curioso comigo: ver a sua actuação fez-me ver este seu álbum de forma diferente. Em conversa com amigo de longa data, na véspera do concerto, dizia-lhe que me aborrecia o registo demasiado pop de Friedberger; que era tudo demasiado previsível. Mantenho, de uma forma geral. O que não esperava e mais facilmente constatei ontem, era sentir o poder da voz de Eleanor ou a qualidade dos elementos que a acompanham. Que vozeirão tem a senhora! E que grandes músicos estiveram em palco. Eleanor incluída. Várias vezes me lembrei de Maria MacKee dos Lone Justice (também ela americana e também ela apaixonada pela folk music e dona de um marcante timbre vocal). "I Don’t Want To Bother You" e "Heaven" são um bom exemplo do tipo de canções que Eleanor compõe: intimistas e facilmente lidas à luz da realidade de cada um de nós. Em "I'll never be happy again" e "I am your past" (a solo), a atmosfera da sala grande da Casa da Música ganhou um elan diferente. As canções afinal resultam e a redenção aconteceu. No regresso a casa, ouvi "Personal Record" de outra forma.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Informação quase inútil ou um aviso à navegação
Só ontem percebi, depois de testes e alguma pesquisa, que os utilizadores do Skype ("substituto" do msn), não conseguem comunicar com os antigos contactos messenger sem ser através deste serviço. Já se sabia que o messenger iria ser substituído mas daí a deixar de funcionar... sem aviso peremptório... O Outlook (versão web do msn, que eu utilizava de vez em quando) ou mesmo o aplicativo messenger, não comunicam com o Skype. As mensagens não circulam e os contactos não se veem ou veem com erros de presença. Já lá vão uns meses, ao que parece. A única forma de garantir comunicação é a utilização exclusiva do Skype. Mais um excelente exemplo do mau trabalho da Microsoft, que alterou as regras do jogo e não garantiu o fluxo de comunicação entre software. Nem desactiva serviços que funcionam...mal. Uma baralhada!
oF mONTREAL
Enquanto aguardo, com algum anseio e muita curiosidade, a chegada do pacote (com o selo of Montreal), vou-me deleitando com a audição de "Lousy with Sylvianbriar", um disco enorme (esta edição também vem a caminho); e com estes vídeos que me caem no mail, em jeito de updates do projecto. "None of our secrets are physical".
of Montreal - "The Past is a Grotesque Animal" (em versão psico-chicken com esteróides).
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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