quarta-feira, 16 de junho de 2010

May the force be with you

As hastes estavam lassas. Já se sabe que o tempo para tratar de armações é pouco quando o tempo serve apenas para tentar perceber como se pode ir ao bolso do homem comum para curar incompetências de governantes comuns. Calcula-se que o ar condicionado do hemiciclo estivesse afinado para friorentos. A pouco habitual visibilidade do senhor Secretário de Estado do Orçamento e o tema em questão ajudaram ao surgimento de gotículas de suor que, singelas mas teimosas, se limitavam a cumprir o natural caminho causado pelas forças rotativas gravitacionais que nos colam ao chão. Em paralelo, forças sobrenaturais, daquelas que, por vezes, nos fazem cair sem que de queda real se trate, entretinham-se a congeminar para estragar o dia a este senhor. Hoje, este senhor caiu. Caiu no ridículo enquanto discursava para a nação que habitualmente mal observa (pudera!). Caiu no ridículo porque os seus óculos cairam. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Quatro vezes. Um grande obrigado a este senhor. Obrigado pelas gargalhadas. Mais Emanueis dos Santos, por favor. Que não sejamos sempre nós, os outros, os que lutam por se manter de pé, a ser motivo de riso.