terça-feira, 30 de março de 2010
Regras para sermos felizes
quinta-feira, 25 de março de 2010
Guerra de faz-de-conta
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
H2SO3
... ou o inacreditável e miraculoso poder do Sulfito de Hidrogénio. O Dr. Mark Roth sobre Animação Suspensa. O futuro, de certeza, passará por aqui. Já agora, numa história relacionada...
segunda-feira, 15 de março de 2010
Yellow Tang
Ira Kaplan e Georgia Hubley, marido e mulher, formaram os Yo La Tengo em 1984. Foram buscar o nome a uma das milhentas estórias que povoam o universo do baseball nos EUA. O apreço por este desporto é apenas um dos muitos que os caracteriza como genuínos americanos (We're an American Band, dizem em I Can Hear The Heart Beating As One, como se o nome pudesse atraiçoar as origens). Começaram a formar a banda através de anúncios nos jornais, onde solicitavam respostas de outros músicos que partilhassem com eles os mesmos gostos musicais. Destes, destacavam bandas como Mission of Burma (cujo baixista, Clint Conley, iria ser decisivo na carreira da banda ao produzir o seu primeiro LP, Ride the Tiger, em 1986) ou The Soft Boys, tudo projectos da órbita do movimento pós punk americano.
Há muito tempo que perseguia uma actuação ao vivo dos Yo La Tengo. Foi ontem, no palco da sala Suggia da Casa da Música. Durante as cerca de duas horas que estiveram a actuar deram natural destaque ao último Popular Songs mas não deixaram de tocar temas de alguns dos seus onze anteriores trabalhos. É impressionante como uma formação de apenas três elementos (ao casal, juntou-se o baixista James McNew, em 1992) pode produzir um som tão multifacetado e cheio. Divagaram entre o registo pop melodioso e o registo hardcore de temas que, claramente, proporcionavam aos elementos da banda, momentos de puro e visível gozo. A memória gravou as poderosas interpretações de "Periodically double or triple", "Stockholm Syndrome", "Avalon Or Someone Very Similar" (nunca diria que a voz que se ouve é a de Ira, em falsete!), "Sugarcube", "Let's Save Tony Horlando's House" e "Little Honda". Este último tema com um devaneio em registo Lo-Fi de cerca de cinco minutos que arrumou com os ouvidos e paciência de muito boa gente, decerto desconhecedores dos trabalhos da banda e/ou equivocadas pelo seu nome ambíguo. Foi um momento not for the faint hearted, estranha e deliciosamente poderoso, pouco apreciado por poucos e muito apreciado por quase todos. Não se estranhe a aparente falta de unanimidade pois quando se define como palco para este concerto, uma sala com as características da sala principal da Casa da Música, tudo é possível. Foi um concerto memorável embora pedisse pouca cadeira. Isto numa sala com muitas cadeiras e demasiadas regras.
Imagem retirada do site da Matador Records, dada a impossibilidade de fazer fotografias na Sala Suggia!