terça-feira, 30 de março de 2010

Regras para sermos felizes

Algumas pistas para quem busca a felicidade, de acordo com a divertida visão de Ramiro Agulla e Carlos Baccetti, dois dos mais criativos e importantes publicitários da Argentina. Há uns anos fundaram duas agências distintas: El Cielo, vocacionada para a produção publicitária; e El Infierno, dedicada à produção de conteúdos. Entre o céu e o inferno há todo um enredo de zangas e separações. Quando andam pela terra fazem-nos, pelo menos, sorrir. Meio caminho para a felicidade, portanto.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Guerra de faz-de-conta

É num ambiente quase futebolístico, de "faz-de-conta", que todos os dias a fronteira da Índia com o Paquistão é encerrada. A guerra das encenações também joga. Cómico mas sério.

terça-feira, 23 de março de 2010

Fakebook

Como fazer boa figura no Fakebook...Ops, Facebook.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Karma

Chamem-lhe Karma. Chamem-lhe destino. Chamem-lhe fado.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Miau

A equipa de futebol do meu clube dá-me a segurança de um clip a substituir um botão das calças.

quarta-feira, 17 de março de 2010

H2SO3

... ou o inacreditável e miraculoso poder do Sulfito de Hidrogénio. O Dr. Mark Roth sobre Animação Suspensa. O futuro, de certeza, passará por aqui. Já agora, numa história relacionada...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Yellow Tang

Ira Kaplan e Georgia Hubley, marido e mulher, formaram os Yo La Tengo em 1984. Foram buscar o nome a uma das milhentas estórias que povoam o universo do baseball nos EUA. O apreço por este desporto é apenas um dos muitos que os caracteriza como genuínos americanos (We're an American Band, dizem em I Can Hear The Heart Beating As One, como se o nome pudesse atraiçoar as origens). Começaram a formar a banda através de anúncios nos jornais, onde solicitavam respostas de outros músicos que partilhassem com eles os mesmos gostos musicais. Destes, destacavam bandas como Mission of Burma (cujo baixista, Clint Conley, iria ser decisivo na carreira da banda ao produzir o seu primeiro LP, Ride the Tiger, em 1986) ou The Soft Boys, tudo projectos da órbita do movimento pós punk americano.

Há muito tempo que perseguia uma actuação ao vivo dos Yo La Tengo. Foi ontem, no palco da sala Suggia da Casa da Música. Durante as cerca de duas horas que estiveram a actuar deram natural destaque ao último Popular Songs mas não deixaram de tocar temas de alguns dos seus onze anteriores trabalhos. É impressionante como uma formação de apenas três elementos (ao casal, juntou-se o baixista James McNew, em 1992) pode produzir um som tão multifacetado e cheio. Divagaram entre o registo pop melodioso e o registo hardcore de temas que, claramente, proporcionavam aos elementos da banda, momentos de puro e visível gozo. A memória gravou as poderosas interpretações de "Periodically double or triple", "Stockholm Syndrome", "Avalon Or Someone Very Similar" (nunca diria que a voz que se ouve é a de Ira, em falsete!), "Sugarcube", "Let's Save Tony Horlando's House" e "Little Honda". Este último tema com um devaneio em registo Lo-Fi de cerca de cinco minutos que arrumou com os ouvidos e paciência de muito boa gente, decerto desconhecedores dos trabalhos da banda e/ou equivocadas pelo seu nome ambíguo. Foi um momento not for the faint hearted, estranha e deliciosamente poderoso, pouco apreciado por poucos e muito apreciado por quase todos. Não se estranhe a aparente falta de unanimidade pois quando se define como palco para este concerto, uma sala com as características da sala principal da Casa da Música, tudo é possível. Foi um concerto memorável embora pedisse pouca cadeira. Isto numa sala com muitas cadeiras e demasiadas regras.

Imagem retirada do site da Matador Records, dada a impossibilidade de fazer fotografias na Sala Suggia!

domingo, 14 de março de 2010

Aperitivo II

Yo La Tengo - "Periodically double or triple"

Aperitivo

Yo La Tengo - "Tears are in your eyes"

terça-feira, 9 de março de 2010

Remakes

Mesmo no final dos anos setenta, na ressaca dos anos fartos do movimento punk, surgiu um projecto intitulado Young Marble Giants. É deles que me lembro sempre que ouço The XX. E tem sido um fartote.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Devassa

Deu que falar numa terra que é pouco dada a puritanismos. Falo do anúncio da cerveja Devassa que, no Brasil, foi proibido. Tudo porque mostra Paris Hilton a fazer a única coisa que sabe: exibir-se. Por acaso é um excelente anúncio publicitário. Fica a perplexidade: como pode um país que se transforma, no Carnaval, num dos maiores bordéis do planeta, considerar chocantes estas imagens?!

domingo, 7 de março de 2010

Afrobeat no Porto


O espírito do Afrobeat esteve ontem à solta na sala Clubbing da Casa da Música, embalado pelo ritmo das baquetas do nigeriano Tony Allen e dos seus músicos. Devo muito a Tony Allen. Apontou-me caminhos que me levaram à descoberta de muita música made in Africa. Música e músicos. Muito graças à sua influência, descobri Manu DiBango (com quem trabalhou, também); Toumani Diabate (e a Kora, esse instrumento mágico); Baaba Mal; Mansour Seck; Ali Farka Toure e tantos outros. Foi ainda devido à música de Tony Allen que me interessei pela obra do incontornável Fela Kuti, seu mentor e inspirador. Teria perto de vinte anos quando tudo isto, quase em catadupa, me foi dado a conhecer. Foi uma ponta de meada. Impressionava-me e impressiona ainda, o ritmo cool daquela batida múltipla em fundo, a encostar-se a outros ritmos da mesma bateria. Ontem, a dois metros de Tony Allen, um senhor de setenta anos (!), tive oportunidade de observar como ele pega nas baquetas e, com a mão esquerda vai batendo na sua tarola colorindo o ar de sons com aquele ritmo permanente, ritmado, quaternário muitas vezes, enquanto a sua mão direita procura os outros ritmos. E tudo parece tão simples que assusta. No palco, os outros oito músicos que o acompanham, limitam-se a reverenciar os sons do mestre, acompanhando-o numa onda de melodias quase hipnóticas. Tudo num tom de enorme boa disposição. Vê-se que aquela gente que está no palco se diverte muito mais do que nós. "Let´s just groove together", disse aquele Senhor. E foi exactamente isso que aconteceu.


terça-feira, 2 de março de 2010