Embora não pareça, estamos em pleno Verão, época de desenvolvimento de forragens, relvas, gramas e diversas ervas daninhas. Neste Verão envergonhado, Weeds recomeçou (quinta série) e já vai com três episódios. The hemptress returned. Viva o Verão!
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Remember Wacko Jacko?!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
A nuvem (outra vez)
Este blog já no passado abordou a força da nuvem. O conceito de cloud computing faz cada vez mais sentido e a abordagem mais recente desta matéria remete-nos para questões de segurança que afectam sobretudo o utilizador das plataformas baseadas em Windows. Desta forma, a Panda Security está a investir fortemente no desenvolvimento da primeira solução de segurança tendo por base "a nuvem". O Panda Cloud Antivirus está disponível desde há umas poucas semanas, e parece-me ser um produto muito interessante porque é eficaz e, acima de tudo, porque requer poucos recursos das máquinas. Melhor ainda: é grátis e vai manter-se grátis mesmo depois de deixar de ser um produto em desenvolvimento (beta). Andemos, pois, nas nuvens.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Manual de inquisidores
"A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do “Manual de Aplicadores” não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas.
ALGUNS exemplos denotam a qualidade deste manual: “Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual”. “Continue a leitura em voz alta: Passo agora a ler os cuidados a terem ao longo da prova. (...) Estou a ser claro(a)? Querem fazer alguma pergunta?”. “Leia em voz alta: Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem”. “Leia em voz alta: A primeira parte da prova termina quando encontrarem uma página a dizer PÁRA AQUI! Quando chegarem a esta página, não podem voltar a folha; durante a segunda parte, não podem responder a perguntas a que não responderam na primeira parte. Querem perguntar alguma coisa? Fui claro(a)?”. Além destas preciosas recomendações, há dezenas de observações repetidas sobre os apara-lápis, as canetas, o papel de rascunho, as janelas e as portas da sala. Tal como um GPS (“Saia na saída”), o Manual do Aplicador não esquece de recomendar ao professor que leia em voz alta: “Escrevam o vosso nome no espaço dedicado ao nome”. Finalmente: “Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração”!
A LEITURA destes manuais não deixa espaço para muitas conclusões. Talvez só duas. A primeira: os professores são atrasados mentais e incompetentes. Por isso deve o esclarecido ministério prever todos os passos, escrever o guião do que se diz, reduzir a zero quaisquer iniciativas dos professores, normalizar os procedimentos e evitar que profissionais tão incapazes tenham ideias. A segunda: a linha geral do ministério, a sua política e a sua estratégia estão inteiras e explícitas nestes manuais. Trata os professores como se fossem imaturos e aldrabões. Pretende reduzi-los a agentes automáticos. Não admite a autonomia. Abomina a iniciativa e a responsabilidade. Cria um clima de suspeição. Obriga os professores a comportarem-se como “robots”.
A ser verdadeira a primeira hipótese, não se percebe por que razão aquelas pessoas são professores. Deveriam exercer outras profissões. Mesmo com cinco, dez ou vinte anos de experiência, estes professores são pessoas de baixa moral, de reduzidas capacidades intelectuais e de nula aptidão profissional. O ministério, que os contratou, é responsável por uma selecção desastrada. Não tem desculpa.
Se a segunda for verdade, o ministério revela a sua real natureza. Tem uma concepção centralizadora e dirigista da educação e da sociedade. Entende sem hesitação gerir directamente milhares de escolas. Considera os professores imbecis e simulados. Pretende que os professores sejam funcionários obedientes e destituídos de personalidade. Está disposto a tudo para estabelecer uma norma burocrática, mais ou menos “taylorista”, mais ou menos militarizada, que dite os comportamentos dos docentes.
O ANO lectivo chega ao fim. Ouvem gritos e suspiros. Do lado, do ministério, festeja-se a “vitória”. Parece que, segundo Walter Lemos, 75 por cento dos professores cumpriram as directivas sobre a avaliação. Outras fontes oficiais dizem que foram 57. Ainda pelas bandas da 5 de Outubro, comemora-se o grande “êxito”: as notas em Matemática e Português nunca foram tão boas. Do lado dos professores, celebra-se também a “vitória”. Nunca se viram manifestações tão grandes. Nunca a mobilização dos professores foi tão impressionante como este ano. Cá fora, na vida e na sociedade, perguntamo-nos: “vitória” de quem? Sobre quê? Contra quem? Esta ideia de que a educação está em guerra e há lugar para vitórias entristece e desmoraliza. Chegou-se a um ponto em que já quase não interessa saber quem tem razão. Todos têm uma parte e todos têm falta de alguma. A situação criada é a de um desastre ecológico. Serão precisos anos ou décadas para reparar os estragos. Só uma nova geração poderá sentir-se em paz consigo, com os outros e com as escolas.
OLHEMOS para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão.
Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade.
Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos.
Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano."
António Barreto in "Retrato da Semana", Público 24 de Maio de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Bingo na mesa bem lá do fundo
Está desde ontem online a resposta da Microsoft ao Google, depois de gorada a aquisição da Yahoo! Chama-se Bing e apresenta um interface muito limpo, o que só vem demonstrar o esforço que a companhia tem vindo a desenvolver no sentido de tornar os seus produtos mais apelativos à conta de menos poluição visual. Merece alguma atenção embora saiba que, de uma forma geral, estas respostas da Microsoft a empresas rivais, terminam quase sempre em fracassos. Veja-se o caso Zune como reposta ao caso sério iPod.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Jorge Colombo
A New Yorker é um revista global, contrariamente àquilo que o nome pode indiciar. Embora com um enfoque maior na realidade cosmopolita da área do estado de Nova Iorque, o seu conteúdo tem leitores em todo o mundo graças às suas colunas literárias, de costumes, de análise política e aos seus espaços únicos de cartoons. É conhecida pelo seu grafismo muito próprio e não são muitos os que se podem gabar de ter trabalhos seus como capas. Pois a New Yorker da semana passada teve uma capa desenhada por um designer português: Jorge Colombo. Mais: pela primeira vez na história da revista, a sua capa foi desenhada num iPhone (não duvido que se trate mesmo de uma prémiere mundial), através de uma aplicação chamada Brushes. Jorge Colombo não é propriamente um ilustre desconhecido mas vê-lo voar cada vez mais alto é gratificante e deve ser motivo de algum orgulho para esta nossa cinzenta alma lusitana.
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