domingo, 18 de dezembro de 2016

Weyes Blood - Away Above (2016)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Melodias que me fizeram...

Scout Niblett - No Scrubs (2013)

devaneios_reveries

"Lo And Behold: Reveries of the Connected World" é um documentário absolutamente essencial para compreender melhor o mundo em que vivemos. Vi-o esta noite. Se juntar as recentes incursões em Snowden, e na série Westworld, sobram reflexões guardadas de quem lida (e se vai desencantando cada vez mais) talvez há demasiado tempo com estas coisas, e um desejo: o de que "progresso" signifique realmente gente feliz.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Westworld

Numa maré de Westworld à espera de 2017.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Verão

Ara Malikian - "Summer" de Vivaldi

sexta-feira, 11 de novembro de 2016


Seasick Steve - Barracuda 68'

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Melodias que me fazem...

Rodrigo Leão e Scott Matthew - That's Life (2016)

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sim, "times they are a changin' "

Surpresa. Sem dúvida. O Nobel da literatura de 2016 pertence (e bem, digo eu) a Bob Dylan. Por tantas razões (que belo texto tem Miguel Esteves Cardoso no Público, a propósito do assunto) mas, sobretudo, porque é um excelente letrista. Isto é, escreve ao nível dos melhores do mundo. Os tempos estão mesmo a mudar.

Bob Dylan - "slow train coming"(1979)

Sometimes I feel so low-down and disgusted
Can't help but wonder what's happening to my companions
Are they lost or are they found, have they counted the cost it'll take to bring down
All their earthly principles they're gonna have to abandon ?
There's slow, slow train coming up around the bend.

I had a woman down in Alabama
She was a backwoods girl, but she sure was realistic
She said, Boy, without a doubt, have to quit your mess and straighten out
You could die down here, be just another accident statistic
There's slow, slow train coming up around the bend.

All that foreign oil controlling American soil
Look around you, it's just bound to make you embarrassed
Sheiks walking around like kings, wearing fancy jewels and nose rings
Deciding America's future from Amsterdam and to Paris
And there's slow, slow train coming up around the bend.

Man's ego is inflated, his laws are outdated, they don't apply no more
You can't rely no more to be standing around waiting
In the home of the brave, Jefferson turning over in his grave
Fools glorifying themselves, trying to manipulate Satan
And there's slow, slow train coming up around the bend.

Big-time negotiators, false healers and woman haters
Masters of the bluff and masters of the proposition
But the enemy I see wears a cloak of decency
All non-believers and men stealers talking in the name of religion
And there's slow, there's slow train coming up around the bend.

People starving and thirsting, grain elevators are bursting
Oh, you know it costs more to store the food than it do to give it
They say loose your inhibitions, follow your own ambitions
They talk about a life of brotherly love, show me someone who knows how to live it
There's slow, slow train coming up around the bend.

Well, my baby went to Illinois with some bad-talking boy she could destroy
A real suicide case, but there was nothing I could do to stop it
I don't care about economy, I don't care about astronomy
But it's sure do bother me to see my loved ones turning into puppets
There's slow, slow train coming up around the bend.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Melodias que me fizeram...

R.E.M. - "Perfect Circle" (1983)

sábado, 1 de outubro de 2016

Melodias que me fizeram...

Tom Waits - "16 Shells from a Thirty-ought-six" (1983)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A propósito de felicidade

"Tashi and the monk" relata a verdadeira história de um monge budista, Lobsang Phuntsok; de uma aluna especial, Tashi; e da forma como gere o projeto da Casa Jhamtse Ghatsal, onde educa 85 crianças numa aldeia dos Himalaias. Um manual de experiências para todos mas, sobretudo, para quem trabalha com jovens. Ainda que a descoberta tenha pecado por tardia, os sorrisos foram apenas adiados. Mas vão manter-se.



terça-feira, 27 de setembro de 2016

Fidget ou o ovo de Colombo

Ao que parece, quando necessitamos de instruir o cérebro para mais foco e concentração, estarmos a brincar com uma caneta ou um qualquer objeto que requeira alguma forma de manuseamento, ajuda muito. Todos nós fazemos isso habitualmente. Por isso mesmo, o conceito de um cubo com estes pressupostos, faz todo o sentido. É assim que surgiu o Fidget Cube, a mais recente forma de "ovo de Colombo". Tentador. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Outonos

Joanna Newsom - "Autumn" (2010)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Melodias que me fizeram...

Chet Baker ~ "Every Time We Say Goodbye"

Tales from the dark side


Depois da desilusão "Stranger things", a surpresa "The night of". Se a primeira assenta num desfilar de lugares-comuns, onde só se salva o desempenho notável de Millie Bobby Brown, com apenas onze anos de idade; a segunda foge aos ditames do grande público, conta uma estória mirabolante mas sabe manter um registo verosímil e, acima de tudo, as personagens, ainda que de grande complexidade, crescem com desempenhos sérios e de qualidade superlativa. "Stranger things" é uma série como tantas e tantas outras. "The night of" é uma raridade, com paralelo recente talvez apenas com as primeiras temporadas de True detective e Fargo. O lado negro da vida poucas vezes foi tão bem contado.


nota: "Stranger things" pode ser vista no Netflix. "The night of" é um série da HBO e desconhecem-se pormenores relativamente à sua estreia em Portugal.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Só mais um bocadinho, p.f.

                                                                                           ©http://quotesgram.com
A propósito do lixo Facebook, um artigo lúcido de João Lopes no blog Sound + Vision. Mais um episódio da saga  "Suprema hipocrisia de quem está a piorar o mundo em que vivemos". 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Melodias que me fizeram...no regresso


The Divine Comedy - Diva Lady (2006)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Eu é que sou The Boss

A revista Sábado publica uma notícia interessante sobre Bruce Springsteen num dueto inesperado com uma criança de 4 anos. Uma busca rápida na net revela que o mesmo já aconteceu diversas vezes. Sempre com "Waitin' On A Sunny Day". Não está em causa a atitude de Bruce, sempre ternurenta e até prova em contrário, legítima, mas não deixa de ser curioso. Vale sempre a pena ver a reação das crianças.

Los Angeles (2012)

New Jersey - (2012)

Leipzig (2013)

Melodias que me fizeram...

David Bowie -"The Jean Genie" (1973)

terça-feira, 21 de junho de 2016

Aí está ele de novo. Que bom!

''Catherine the Great'' The Divine Comedy on Vimeo.

NOS Primavera 2016



Aqui ficam (e já bem atrasadas), telegraficamente, para efeitos de memória futura, as impressões deste NOS Primavera Sound 2016.

Julia Holter
Na quinta-feira a deambulação serviu para ver Julia Holter, Parquet Courts, Sigur Rós e Animal Collective. A grande surpresa (desconhecia totalmente) coube aos nova-iorquinos Parquet Courts. Os miúdos apresentaram um alinhamento clássico de duas guitarras, um baixo e uma bateria. O suficiente para mostrar um som cru, pleno de alma, a fazer, desde logo, lembrar os Pavement de Malkmus. Talvez por isso me tenham agradado tanto. Julia Holter tornou o sunset mais bonito.... Os Sigur Rós confirmaram a necessidade de uma paciência que há muito desapareceu, para aquilo que produzem. Coube aos Animal Collective a banda do “português” Panda Bear (Noah Lennox) terminar o primeiro dia do Festival. Às duas da manhã e com chuva morrinhenta a cair, a tarefa apresentava um elevado grau de dificuldade. Ainda assim, o som psicadélico foi sendo suficiente para entreter o público. Teve em “Floridada”, o tema que encerrou o concerto, o momento alto e foi pena que a seleção não tivesse recaído em temas mais conhecidos. Àquela hora era o que se esperava.
Animal Collective
A sexta-feira trouxe alguns dos momentos mais altos do festival. Ao pôr do sol, uns largos milhares de pessoas tiveram o prazer de assistir ao concerto comemorativo dos cinquenta anos de Pet Sounds, o álbum icónico dos The Beach Boys. Brian Wilson, o carismático líder da banda, foi o avozinho que vemos em muitos casas de família. Na pose, na roupa, no aspeto. A vida passou por ele. Isso é visível. Sempre que necessário, os outros elementos da banda saltavam em seu auxílio. Sobretudo quando cantava. O certo é que encheu o recinto de good vibrations sobretudo quando, em off topic, contornou o álbum e passeou pelos imensos sucessos da banda. 
Brian Wilson
As The Savages trouxeram o seu mais recente “Adore Life”, o segundo trabalho de uma banda que surge como resposta ao som do establishment. Jehnny Beth, mesmo magoada nas costas (disse ela), foi portentosa. E aquela baixista (Ayse Hassan)!!
The Savages
A noite, nos palcos principais, ficou entregue a P.J. Harvey e à dupla americana Beach House. Polly Jean esteve como sempre: competente, profissional, guerreira, teatral.  Parece-me que está a cantar como nunca, com a voz mais redonda e mais colocada. Uma delícia. É a segunda vez que a vejo e é a segunda PJ Harvey que vejo. Prefiro o primeiro registo: um som pós punk, mais rockeiro, menos polido. Os dois temas de “To Bring You My Love” foram, na minha opinião, os momentos altos do concerto. Foi interessante ver no palco dois monstros da música pop/rock: John Parish e Mick Harvey.  Serão eles os responsáveis pelo “novo som” de PJH o que não deixa de ser surpreendente atendendo ao percurso de ambos. Depois vieram os Beach House. A noite estava fria e dali não veio qualquer forma adicional de calor. De fora do meu alinhamento, porque atuaram em simultâneo com outra gente, ficaram projetos como Dinossaur JR, Mudhoney ou Tortoise.
O último dia trouxe os aguardados Car Seat Headrest, a banda do “miúdo” Will Toledo. Foi realmente impressionante ver tanta força e tanta qualidade num projeto composto por gente bastante nova. Eles, que devem muito do que são à internet (o site Bandcamp garantiu uma série de álbuns e no Spotify é presença assídua no topo das tabelas), mostraram uma rodagem de palco extremamente interessante e madura. O som lo-fi foi menos claro do que nos álbuns (não houve tanta distorção e era mais límpido) mas a batida e a alma estiveram sempre, sempre presentes, com os reefs de Will no recato do fundo do palco e um show constante do guitarrista Ethan Ives. Há muita qualidade no som que fazem. Já sabia ao ouvi-los e confirmei ao vê-los.
Car Seat Headrest
Seguiram-se os franceses Air. Surgem fora de tempo, e, por isso, a repetir um repertório que, ao vivo, perde graça. Pouco mais se pode dizer. Antes de Ty Segall and the Muggers tocaram os Explosions in The Sky. Ponto. Praticamente foi isso. Já Ty Segall deu um concertaço. O ideal para terminar estes três dias de música ao vivo.
Fica uma nota para a qualidade da organização. Já estamos habituados mas nunca é de mais (assim, com espaço) assinalar. Outra nota para um novo paradigma que surgiu com este festival: ao cobrarem 2 euros pelo depósito do copo de bebida, os problemas de sujidade do recinto e de acumulação de copos de plástico, pura e simplesmente ficou resolvido. Toda a gente anda com o seu copo e no fim só temos de ir buscar o dinheiro do depósito. Não tenho dúvidas que esta vai passar a ser a norma. Fica aqui, para memória futura.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Melodias que me fizeram...

Tom Waits - Chocolate Jesus (1999)

Lanegan sem circo

A falta de tempo impede um texto mais alargado relativamente ao concerto que Mark Lanegan deu no passado dia 29 no Tetro Circo. Ficam, ainda assim, palavras para o registo intimista, que, no caso, prejudicou o som final (que bem ia uma percussão!); o fascínio dos artistas pela belíssima sala bracarense; a viagem pelos diferentes trabalhos a solo do norte-americano (incluíndo algumas versões do álbum "Imitations"); a constatação da importância de Jeff Fiedler, um guitarrista superlativo; e a breve conversa final com o cantautor, com direito a autógrafo no vinil.

Mark Lanegan Band - "Floor Of The Ocean"

quinta-feira, 2 de junho de 2016

sábado, 28 de maio de 2016

Kafkas


Obrigado, Mili.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Melodias que me fizeram....

Domingo à noite, no Theatro Circo.

Soulsavers - "Revival" (2007)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Melodias que me fizeram...

The Smiths - "What Difference Does It Make?" (1984)

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Estados de alma

Claude Monet
(da série "Water Lilies")

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Melodias que me fizeram...

Talking Heads  - "City Of Dreams" (1986)

terça-feira, 26 de abril de 2016

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Melodias que me fizeram...

Que vida estranha teve Prince!

Prince "You don't have to be rich" (1993)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Melodias que me fizeram...

Modest Mouse - "Blame It On The Tetons" (2004)

terça-feira, 5 de abril de 2016

Levitação


"Levitação" é uma instalação/performance colaborativa, de Sila Sveta e Anna Abalikhina, para o programa televisivo "Big Ballet". Os cenários de fundo são totalmente gerados de forma digital, em tempo real.



sábado, 26 de março de 2016

Melodias que me fizeram...

Bill Callahan-"Jim Cain" (2009)

quinta-feira, 24 de março de 2016

Novos sons

Enquanto o álbum "Teens Of Style" não sai, vai-se ouvindo o que está disponível. Tão bem!

Car Seat Headrest - "Drunk Drivers/Killer Whales"

nesta terra nunca mais se morre


nesta terra nunca mais se morre 
todos os dias toda a gente
nasce ou renasce
porque os que morrem nem dão por isso
excepto no instante mesmo
o que é pouco para um capítulo tão peremptório

Herbert Helder, "Letra Aberta"

segunda-feira, 21 de março de 2016

terça-feira, 15 de março de 2016

Trompetas

É só passear com o rato e... trump Trump!

segunda-feira, 7 de março de 2016

Melodias que me fizeram...

Iron & Wine - Bird Stealing Bread (202)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Novos sons

Do álbum "Ropewalk" do projeto dos escoceses The View. Cresce a cada audição.

The View - "Marriage" (2016)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Melodias que me fizeram...

Cocteau Twins - "Bluebird" (1984)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Nikon? nah


Para quem, como eu, é Nikonista desde sempre, e vai vendo na Canon uma marca cada vez mais interessante, esta história é muito reveladora. E hilariante.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Melodias que me fizeram...

The Smithereens - Strangers When We Meet (1986)

sombra

Resquícios do serão na companhia de Knight of Cups, a obra mais recente de Terrence Malick.
Edvard Grieg - "Peer Gynt Suites - 1 and 2"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Melodias que me fizeram...

David Bowie - The Jean Genie (1973)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Surdo


Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.

Eugénio de Andrade

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Conexões

Como a Pixar procura as referências dos grandes nomes e dos grandes momentos do cinema, para a construção dos seus filmes.

A palhaçada

A propósito das mais recentes mudanças na pipeta do ensino público. Mais umas quantas... Espera-se que não seja indício de desnorte.

A palhaçada

"Eu tenho quatro filhos, três deles em idade escolar. A Carolina tem 11 anos e está no 6.º ano. O Tomás tem nove e está no 4.º ano. O Gui tem sete e está no 2.º ano. Na passada sexta-feira, fiquei a saber que os meus dois filhos que iam ter exames daqui a cinco meses afinal não vão ter, e que o meu filho que não ia ter exames daqui a cinco meses afinal vai ter uma prova de aferição. A isto se chama uma colossal palhaçada.

Na SIC, Marques Mendes afirmou que fazer estas alterações a meio do ano lectivo era uma “falta de respeito por professores e directores de escolas”. Os professores e os directores de escolas que me perdoem: isto é, em primeiro lugar, uma absoluta falta de respeito para com os alunos e as suas famílias. E como o ministro da Educação deve perceber imenso de bioquímica, de oncologia e de como dar graxa à Fenprof, mas muito pouco do que significa gerir uma família e educar filhos, eu assumo a patriótica missão de o tentar esclarecer.

Numa família, explicamos às crianças que a escola é o seu trabalho, e que ele deve ser levado tão a sério quanto os pais levam o seu. Explicamos que a roupa, a comida e os brinquedos chegam sem qualquer esforço da parte deles, e que em troca os pais só pedem bom comportamento e empenho escolar. Explicamos que a mesma energia que é investida nos momentos de lazer é para ser aplicada nos momentos de trabalho. E ao explicarmos tudo isto, tentamos criar desde cedo uma cultura onde felicidade e exigência sejam actividades compatíveis (sim, Catarina Martins, é possível!). Um ano de exames e de fim de ciclo é sempre um ano diferente, e trabalha-se para isso durante nove meses. Para uma criança empenhada na escola, o ano lectivo que está a frequentar não é, como para um adulto licenciado, apenas um de entre 15 anos de estudo – é a vida dela, toda, inteira, naquele momento.

E essa vida planeia-se, desde o início do ano lectivo. Por incrível que possa parecer a Tiago Brandão Rodrigues e à frente de esquerda que nos governa, há pais que entendem que a educação que o Estado propõe aos seus filhos não é toda a educação que querem para eles. Os meus filhos frequentam a escola pública, mas fora dela estudam música e inglês, que têm avaliações próprias. Essas avaliações articulam-se com as da escola, e há opções que se tomam logo em Setembro em função dos exames de Maio. Mais: a escola tem também implicações profundas na vida de lazer das famílias. Há pais que viajam com os filhos, marcando férias com meses de antecedência – e para isso contam que o calendário escolar seja respeitado (a prova de aferição do oitavo ano acaba de ser marcada para a semana seguinte ao fim das aulas). Sim: há vida para além do Estado.

Reparem que deixo propositadamente de fora deste texto as vantagens dos exames de 4.º ou 6.º ano, o número de alterações às avaliações do ensino básico desde o ano 2000, a pressa e a opacidade com que esta nova revolução foi feita ou as inenarráveis contradições socialistas. O meu argumento é prévio a tudo isso – é sobre o profundo desrespeito que o Estado dedica aos seus cidadãos, tenham eles sete ou 77 anos. Invocar razões ideológicas para a direita preferir avaliar crianças no 4.º, 6.º e 9.º anos e a esquerda no 2.º, 5.º e 8.º é absolutamente patético. A única ideologia está no método: só mesmo quem acredita que o Estado é o alfa e o ómega da existência humana pode dispor da vida dos cidadãos com a vergonhosa leviandade que o ministério da Educação acaba de exibir."

João Miguel Tavares

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Melodias que me fizeram...

Em honra do homem que muito contribuiu para a música. Fica a sua obra.

David Bowie - The Man Who Sold The World (1970)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016