domingo, 31 de março de 2013

A propósito

Pietà de Vincent Van Gogh a partir de um quadro de Delacroix

sábado, 30 de março de 2013

quinta-feira, 28 de março de 2013

Melodias que me fizeram...

Um original de Tim Buckley (pai de Jeff Buckley), interpretado por Elizabeth Fraser. Uma das melodias que me fez...

This Mortal Coil - Song To The Siren

On the floating, shapeless oceans
I did all my best to smile
til your singing eyes and fingers
drew me loving into your eyes.

And you sang "Sail to me, sail to me;
Let me enfold you."

Here I am, here I am waiting to hold you.
Did I dream you dreamed about me?
Were you here when I was full sail?

Now my foolish boat is leaning, broken love lost on your rocks.
For you sang, "Touch me not, touch me not, come back tomorrow."
Oh my heart, oh my heart shies from the sorrow.
I'm as puzzled as a newborn child.
I'm as riddled as the tide.
Should I stand amid the breakers?
Or shall I lie with death my bride?

Hear me sing: "Swim to me, swim to me, let me enfold you."
"Here I am. Here I am, waiting to hold you."

Two cents of nothing

Estranha e misteriosamente relaxante... Mas porquê?

quarta-feira, 27 de março de 2013

Jake Shimabukuru

Jake Shimabukuru é o melhor tocador de Ukelele do planeta. Esta é apenas mais uma das inúmeras provas. O primo do cavaquinho nunca mais soará da mesma maneira, a partir de agora.

Jake Shimabukuro - Let's Dance (orig. Cralos Montoya)

Das decisões

O cérebro e a tomada inconsciente de decisões, por Eric Kandel, o neurocirgião prémio Nobel da Medicina. Ou como, às vezes, a tomada de decisões pelo inconsciente se torna a melhor decisão.

terça-feira, 26 de março de 2013

Guerras de tronos

Game of Thrones é, literalmente, uma série fantástica.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Melodias que me fizeram...

Bon Iver - "Skinny Love"

Come on skinny love just last the year
Pour a little salt we were never here
My, my, my, my, my, my, my, my
Staring at the sink of blood and crushed veneer

I tell my love to wreck it all
Cut out all the ropes and let me fall
My, my, my, my, my, my, my, my
Right in this moment this order's tall

I told you to be patient
I told you to be fine
I told you to be balanced
I told you to be kind
And in the morning i'll be with you
But it will be a different "kind"
I'll be holding all the tickets
And you'll be owning all the fines

Come on skinny love what happened here
Suckle on the hope in lite brassiere
My, my, my, my, my, my, my, my
Sullen load is full; so slow on the split

I told you to be patient
I told you to be fine
I told you to be balanced
I told you to be kind
Now all your love is wasted?
Then who the hell was i?
Now i'm breaking at the britches
And at the end of all your lines

Who will love you?
Who will fight?
Who will fall far behind?
Ooh, oohh...

domingo, 24 de março de 2013

Ao(s) pé(s) de Deus

Cena única na história da humanidade: dois Papas que se encontram. Num ano em que o mundo ia acabar, a cumprir-se uma determinada profecia; um meteoro quase arruma com o nosso planeta; e a crise de tudo, de valores em primeiro lugar, vai de vento em popa, ficam as imagens que merecem reflexão. Vivemos estranhos e intrigantes tempos! Tem tanto de inusitado como de interessante, este pequeno filme que relata o encontro do Papa emérito com o actual Papa, ontem, em Castel Gandolfo.

sábado, 23 de março de 2013

Filosofias


Vidas

O autismo pela voz de Rosie King, uma adolescente de 13 anos, também ela autista, num vídeo fascinante. Uma demonstração de criatividade e força da autora, num documento que permite perceber um pouco mais o autismo e a forma como o mundo é visto por quem o vive. Com o patrocínio da BBC.


sexta-feira, 22 de março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

Memórias

Há pequenas impressões finas como um cabelo e que, uma vez desfeitas na nossa mente, não sabemos aonde elas nos podem levar. Hibernam, por assim dizer, nalgum circuito da memória e um dia saltam para fora, como se acabassem de ser recebidos. Só que, por efeito desse período de gestação profunda, alimentada ao calor do sangue e das aquisições da experiência temperada de cálcio e de ferro e de nitratos, elas aparecem já no estado adulto e prontas a procriar. Porque as memórias procriam como se fossem pessoas vivas.
Agustina Bessa-Luís, in 'Antes do Degelo'


E ainda bem, acrescento.

quarta-feira, 20 de março de 2013

terça-feira, 19 de março de 2013

Noite


Se vens à minha procura,
eu aqui estou. Toma-me, noite,
sem sombra de amargura,
consciente do que dou.

Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais teu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu.

Eugénio de Andrade

segunda-feira, 18 de março de 2013

Melodias que me fizeram...

... vale por tudo mas o riff de Prince arrepia até a mais empedernida das almas! 
Prince, Tom Petty, Steve Winwood, Jeff Lynne e outros em homenagem  a G. Harrison (2004)
"While My Guitar Gently Weeps" (orig. The Beatles)

Telómeros da vida


Envelhecer, mais do que uma fatalidade, remete-nos para sentimentos confusos e, muitas vezes, contraditórios. Para muitas coisas da vida, é bom. Para tantas outras pode ser mau. De qualquer forma, é sempre um processo egoísta, muito nosso. Cada um tem a sua forma e ritmo. "Vivemos como sonhamos, sozinhos" diz J. Conrad, naquela que é uma das verdades mais incómodas que nos acompanha. Para mim tenho que nada envelhece mais do que as tristezas e desilusões que vamos vivendo. Nada. O que vale é que cada regeneração nos eleva para um degrau acima, na vida. É o paradoxo explicado. Mas o que é envelhecer, sob o ponto de vista científico? Este simples, mas elucidativo vídeo, explica. Cuidemos dos nossos telómeros o melhor que saibamos e consigamos, para desespero dos ministros das finanças, todos eles, que nos querem ver enterrados o mais rápido possível.

sábado, 16 de março de 2013

Pousado na noite


Não sei como dizer-te que minha voz te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e casta.

Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
- eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram.

Quando as folhas de melancolia arrefecem com astros
ao lado do espaço
e o coração é uma semente inventada
em seu ascético escuro e em seu turbilhão de um dia,
tu arrebatas os caminhos da minha solidão
como se toda a minha casa ardesse pousada na noite.

- E então não sei o que dizer
junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio.
Quando as crianças acordam nas luas espantadas
que às vezes se despenham no meio do tempo
- não sei como dizer-te que a pureza,
dentro de mim, te procura.

Durante a primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço -
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me falta
um girassol, uma pedra, uma ave - qualquer
coisa extraordinária.

Porque não sei como dizer-te sem milagres
Que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,

que te procuram.


Herberto Helder

quinta-feira, 14 de março de 2013

Impressão real


Um dia, num futuro bastante próximo, todos os lares terão uma impressora 3D. Depois, mais uma vez, o limite é a imaginação do Homem. Uma nova revolução de oportunidades e novas experiências vem a caminho. Este vídeo aponta algumas pontas deste fascinante novelo.
Por agora, conceber as nossas peças e mandá-las executar pode ser feito, por exemplo, aqui ou aqui.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Melodias que me fizeram...

Morphine - You Look Like Rain (1994)

terça-feira, 12 de março de 2013

Genial, quando menos é mais

Alguns dos maiores cientistas, em registo minimalista.












































Via Flavorwire.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Oxigénio

Os Foxygen são uma banda americana que pesca na pop pura, e mergulham em sons que mimetizam, em registo de 2013, projectos bem mais antigos como, entre outros, Wilco, Bob Dylan, Rolling Stones ou Velvet Underground. Nota-se, no som que fazem, a muita música que ouviram. Talvez por isso se apresentem como uma das mais gratas surpresas do momento... E "We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic" é um belo disco.
Foxigen - "No destruction"

A verdade que se escuta


As palavras são uma fonte abundante de confusão. Na maior parte dos casos, é a falar que a “gente” se desentende. Quantos problemas se evitariam se dominássemos a arte do “nem tentar dizer”? Quem cala, pelo menos não mente. 
Com poucas hipóteses de refutação, o silêncio é sempre um bom argumento que se torna praticamente indestrutível se usado no tempo certo. As palavras pouco dizem, prometem – mas não cumprem. Só a acção expressa a verdade.
Escolher não dizer é uma das melhores decisões. Ouve-se mais e melhor, dando atenção a realidades que o normal ensimesmamento do falar faz esquecer. Na esmagadora maioria dos casos, as palavras são simplesmente desnecessárias, traem e distraem, explicam-se e justificam-se umas às outras, mas quase nunca conseguem cumprir o que juram conseguir: levar algo de um interior a outro. As palavras são coisas deste mundo, vivem nas circunstâncias, ao passo que o silêncio já marca a presença de um outro mundo aqui. Tal como pedras, as palavras são duras de mais para significar o essencial. Não se moldam, alteram a realidade até que possa ser dita.É, por exemplo, perturbante a confiança dos que acreditam ser capazes de descrever o amor que julgam sentir... na verdade, ou não é amor e cada palavra é um engano – tanto maior quanto mais bela for –, ou é amor e, então, um olhar basta. 
A verdade não depende da quantidade nem da qualidade das palavras que se usam para a dizer. A verdade, mais do que se deixar dizer, escuta-se... e escuta.

José Luís Nunes Martins, Jornal i de 7 de Janeiro

sexta-feira, 8 de março de 2013

Despojo


E, agora, o que faremos?
A quem legar o que resta
Do simulacro de festa
Que tivemos?

Quem aproveita os detritos
De uma alegria forçada?
Quem confunde aflitos gritos
Com imposta gargalhada?

Iremos por onde alguém
Descubra os nossos farrapos.
Vês flores no jardim de além?
- Vejo sapos.

António Manuel Couto Viana

quinta-feira, 7 de março de 2013

Coisas que saúdo


Fotografia cortesia de http://www.marketingvinhos.com/
Saúdo a abertura de um espaço que tem o vinho como mote. Trata-se do Wine Spot Chiado e para além de parecer lindíssimo (sai uma visita para muito breve para confirmar em pessoa), inova no conceito e é de um velho amigo de sempre, Paulo Neto. Amigo há mais de trinta anos, companheiro de muitas aventuras, sempre se deu bem com as coisas boas da vida e merece todo o sucesso que, de certeza, vai ter. "O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura...", como diria Torga tão bem citado no site da Wine Spot (e que bonito está este site!). Para ele as maiores felicidades neste novo projecto e...saúde!

domingo, 3 de março de 2013

Pálidos fantasmas

Depois da agradável surpresa que foi "Queen of Denmark" em 2010, o norte americano John Grant surge com novo trabalho, a ter edição nos próximos dias. Pale Green Ghosts tem rodado por aqui e vai crescendo, repetindo um pouco o padrão que teve início com o seu anterior disco. É um John Grant rendido à electrónica, que podemos desfrutar em Pale Green Ghosts, inebriado pelos sons orgânicos de sintetizadores, revelando uma capacidade única de se transformar e reinventar. É, muitas vezes, um regresso aos Kraftwerk ou mesmo aos iniciais Depeche Mode (Speak & Spell). Dizer isto é já dizer muito. Um dos grandes discos deste 2013, até à data.

sábado, 2 de março de 2013

A maior solidão é a do ser que não ama


A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. 
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. 
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o património de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 1 de março de 2013

Coisas que saúdo

Chamam-se Madame Godard, produzem um som muito interessante, com boas letras, e são de Viana do Castelo. O vídeo está mesmo bem conseguido e o tema Love is Poker é forte. Aqui pode fazer-se o download gratuito do EP "Aurora". Vale a pena.