segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
A hora do cansaço
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 6 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
Amazing grace
Em 1984, aquando do lançamento do primeiro Macintosh, Steve Jobs afirmou:
"We’re gambling on our vision, and we would rather do that than make “me, too” products. Let some other companies do that. For us, it’s always the next dream". O novo iPad Mini não é o mais inovador dos produtos, no mercado. Mas o seu pai, o iPad original, foi, e determinou o futuro deste mesmo mercado e da vida digital da nova sociedade mundial. The Apple way! O iPad mini, não sendo tão inovador como o seu antecessor, é um milagre da tecnologia. Com o tamanho e peso certos. A noite de hoje, e a experiência de contacto com o meu, com horinhas de vida, fizeram-me relembrar o visionário Steve Jobs e a sua capacidade de admirar convictamente os seus produtos. Entendo-o cada vez mais. O iPad versão concentrada é uma pequena amazing grace.
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