Mais uma voz portuguesa, no mínimo, interessante, que percorre caminhos sonoros pouco habituais na nossa produção musical. Chama-se Rita Braga, tem voz de veludo e toca Ukulele. Além do mais, tem álbum novo com um título quase tão bom como o conteúdo, "Cherries that went to the police". Um único lamento no clip: o ligeiro desacerto temporal entre a voz da senhora e o vídeo. Tudo o resto é absolutamente delicioso.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Horário do Fim
morre-se nada
quando chega a vez
é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos
morre-se tudo
quando não é o justo momento
e não é nunca
esse momento
Mia Couto
sábado, 24 de setembro de 2011
PorTUGAl à Bordalo
Tenho vindo a aprender muito com o "5 para a meia noite". Nesta mais recente série, as coisas tornam-se particularmente interessantes às sextas-feiras. Não tanto pela beleza da senhora (não lhe conheço o nome e não me apetece googlar por ele) mas sobretudo pelo conflito latente sempre que há convidadas (sim, aqui é mesmo o género que aponto). A (bela) condição feminina no seu melhor.
Ver uma entrevista do Nilton à "fénix" Futre (e o PF a entrevistar…embevecido?!!Hummm?!), foi outro momento revelador do potencial deste programa. E aprendi a ver no Nilton um interessante e cómico actor. É bom, este laitenaitechou…tuga.
Ver uma entrevista do Nilton à "fénix" Futre (e o PF a entrevistar…embevecido?!!Hummm?!), foi outro momento revelador do potencial deste programa. E aprendi a ver no Nilton um interessante e cómico actor. É bom, este laitenaitechou…tuga.
(…sim, é o Nilton)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Todos os amores morrem lembrados
Os R.E.M., adoração minha desde a sua já distante formação, terminaram. Todos os amores morrem. Neste caso, a força e inspiração entraram em registos de menor qualidade. Andavam moribundos há um tempo. Antes assim.
Por aqui, manda o coração, todas as recordações e prazeres com a sua marca, que andem sempre em estado de "audição em loop". Para o resto da vida. Como só com alguns amores.
R.E.M. - Every Day Is Yours To Win
Arquipélagos de metáforas
"Os políticos que se dizem de esquerda, por ser o bom sítio de se ser político, estão sempre a afirmar que são de esquerda, não vá a gente esquecer-se ou julgar que mudaram de poiso. Mas dito isso, não é preciso ter de explicar de que sítio são os actos que a necessidade política os vai obrigando a praticar. Como os de direita, aliás, que é um lugar mais espinhoso. O que importa é dizerem onde instalaram a sua reputação, na ideia de que o nome é que dá a realidade às coisas. E se antes disso nos explicassem o que é isso de ser de esquerda ou de direita? Nós trabalhamos com papéis que não sabemos se têm cobertura, como no faz-de-conta infantil. Mas o que é curioso é que o comércio político funciona à mesma com os cheques sem cobertura. E ninguém tira a limpo esse abuso de confiança, para as cadeias existirem. Mas o homem é um ser fictício em todo o seu ser. E é precisa a morte para ele enfim ser verdadeiro."
Vergílio Ferreira
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Quando vier a Primavera
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
sábado, 17 de setembro de 2011
And angels never sleep
Talvez... Não sei. Talvez sim. Confundo-me quando me deito a ouvir... Talvez seja porque convida ao recolhimento e aí, alguma magia acontece. Quando ouvimos isto.
Ricardo Villalobos & Max Loderbauer - "Reblazhenstva"
terça-feira, 13 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
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