quarta-feira, 30 de abril de 2014

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sou

Sou o que sabe não ser menos vão
Que o vão observador que frente ao mudo
Vidro do espelho segue o mais agudo
Reflexo ou o corpo do irmão.
Sou, tácitos amigos, o que sabe
Que a única vingança ou o perdão
É o esquecimento. Um deus quis dar então
Ao ódio humano essa curiosa chave.
Sou o que, apesar de tão ilustres modos
De errar, não decifrou o labirinto
Singular e plural, árduo e distinto,
Do tempo, que é de um só e é de todos.
Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada.

Jorge Luis Borges

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tiro o chapéu...

...ao excelente artigo de opinião de Henrique Raposo publicado no jornal Expresso. A gestão do progresso tecnológico é hoje um desafio que todos temos de saber enfrentar, mas negar o básico às crianças, a rua, as quedas, os desafios do crescimento, em nome de uma "modernidade" serôdia, é a pior forma de o fazer.

"Não quero que os meus filhos brinquem com tablets

Quero que eles aprendam a fazer tablets, o que é um pouco diferente. E brincar num tablet não oferece a ninguém as capacidades que permitem a construção do hardware e software daquelas geringonças. Todavia, amigos, primos e vizinhos andam por aí numa enorme alegria, que também é um enorme equívoco, eh pá, a minha filha já mexe no tablet, já brinca com aquilo, é tão esperta não é? Não, não é. A minha filha de dois anos já sabe mexer num ecrã de toque, sabe procurar as suas aplicações, Angry Birds, por exemplo, mas isso não faz dela um génio. Se tivesse tempo, um chimpanzé também aprenderia a usar aquele ecrã de toque.
Eu não me importo que ela brinque com o ipad, mas não vejo nisso qualquer incursão pedagógica nos mistérios da tecnologia. Brincar naquele ecrã não oferece vantagens comparativas aos nossos filhos. Pelo contrário, até pode gerar a ideia de que a informática é apenas aquilo - dar piparotes num ecrã. Eu ainda me lembro dos rapazes do meu tempo que queriam ser informáticos só porque gostavam muito de jogar computador, e também me lembro de ouvir os pais desses rapazes a dizer coisas como "ai, o meu João tem muito jeito para os computadores, que é um emprego com saída". Infelizmente, estes pais perceberam demasiado tarde que ficar a jogar "Civilization" ou "Command & Conquer" até às 5 da manhã não é o mesmo que ter jeito para engenharia informática.
Neste ponto, convém relembrar uma história reveladora: os homens da Google têm os filhos numa escola sem tecnologia de ponta, uma escola com a boa e velha ardósia onde as crianças aprendem aquilo que se aprende há séculos: as fórmulas e cálculos da matemática. A jusante, é este pensamento abstracto que permite a concepção dos algoritmos e afins que estão na base dos tablets e demais tecnologia. Portanto, a vantagem comparativa que podemos dar aos nossos filhos continua a ser a mesma da era pré-tablet e pré-net. Há que dotá-los de agilidade matemática, há que pegar num lápis e forçá-los a encarar os problemas da matemática. Passar a vida a brincar com o tablet é meio caminho andado para nunca se conseguir fazer um... tablet."
Henrique raposo in Expresso, 15.04.13

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Estórias sem "h"


"Years of living dangerously" é uma série documental cujo fio condutor são as alterações climáticas. Dito assim até nem soa a muito interessante, mas é! A produção executiva é da responsabilidade de James Cameron e conta com um impressionante elenco de actores. A primeira temporada, com nove episódios, começou ontem e o primeiro episódio pode ser visto aqui. Se os episódios que se seguem tiverem a mesma qualidade, a coisa promete. Infelizmente, tenho reservas relativamente à gratuitidade no acesso a futuros episódios mas o tempo, esse arquitecto misterioso, tratará de resolver a questão. De valor e potencial pedagógico inquestionável, seria uma pena restringir-lhe o acesso.

Novos sons

Wild Beasts (versão acústica)- "A Simple Beautiful Truth" (2014)
Aqui na versão original.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Novos sons

Lucius - "Turn it around" (2014)


She's looking through the wrong end
She's looking through the wrong end
She's looking through the wrong end of her telescope
Turn it around, turn it around

Sorriso do dia

As estranhas sensações de quem experimenta o sabor do limão pela primeira vez.

sábado, 5 de abril de 2014

Melodias que me fizeram...

Nirvana - "The Man Who Sold The World" (MTV Unplugged)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mapa de emoções

...de acordo com um estudo de cientistas finlandeses, publicado aqui. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

A reboque

Mais uma (das múltiplas) possibilidade de utilização da revolucionária GoPro, num grande filme promocional.