segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Circos

Nada como ter como banda sonora do Prós e Contras de hoje, este retrato tragicómico, de quem nos governa. O circo mal começou.

Liedshow

Foram muitos anos. Nem sempre terá mostrado ser o melhor profissional fora de campo mas, lá dentro, vai deixar muita saudade. Obrigado, Liedson! Todos os sportinguistas sentirão falta deste gesto, tantas vezes repetido.

domingo, 30 de janeiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Por onde anda D. Sebastião?

O projecto dá pelo nome de Noiserv e é português. Para o caso, tristemente, este "ser português", quase soa a maldição. E é pena.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mi amigo Chavez

Este é o tipo de situações que se vão tornando vulgares na Venezuela e que me assustam verdadeiramente. E fica o desejo: que a "chavização" do nosso país, sim, aquela a que estamos a assistir, nunca chegue tão longe. O PEC tem as costas largas e a "situação económica, preocupante e precária" não pode NUNCA servir de argumento para que outros governantes, de outros países europeus, se esqueçam que isto não é a América Latina. É que Generais Alcazares só deveriam existir na banda desenhada.

2=365

Quando dois minutos valem um ano inteiro.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Melodias que me fizeram...


R.E.M. - Disturbance at the Heron House


"They’re going wild," the call came in
At early morning pre-dawn, then
"The followers of chaos out of control
They’re numbering the monkeys
The monkeys and the monkeys,"
The followers of chaos out of control

"They’re meeting at the monument,"
The call came in the monument
To liberty and honor under the honor roll
"They’ve gathered up the cages the cages and courageous,"
The followers of chaos out of control

The call came in to Party Central
"Meeting of the green and simple,"
Try to tell us something we don’t know

"Disturbance at the Heron House"
A stampede at the monument
To liberty and honor under the honor roll
The gathering of grunts and greens
Cogs and grunts and hirelings
A meeting of a mean idea to hold
"When feeding time has come and gone
They’ll lose the heart and head for home
Try to tell us something we don’t know"

Everyone allowed, Everyone allowed

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Uma por todos (homenagem a Have One On Me)


Joanna Caroline Newsom viveu uma infância pouco normal na sua Califórnia natal. Enquanto os seus amigos viam televisão, acto de fruição que lhe foi vedado pelos pais, Joanna entretinha-se a tocar piano e harpa. As crónicas apontam para a idade de quatro anos, altura em que começou a ter as primeiras aulas de piano. A harpa era já o seu desejo, mas os pais, ambos músicos (médicos de profissão), não autorizaram o instrumento dos deuses sem que antes soubesse tocar piano. Aos cinco anos tinha já lições de harpa. A sua relação com este instrumento tornou-se tão intensa que, numa entrevista, afirmou que via a harpa como "an artificial limb or a wheelchair. It’s almost part of me". Dona de um QI acima da média, e de uma memória digna de prodígios, cresceu e tornou-se profissional da sua paixão, a música. Entra neste mundo quase por acaso, via publicidade. Algumas colaborações mais tarde, sente-se com reportório suficiente para se lançar numa carreira com nome próprio. O seu primeiro trabalho a solo, "The Milk-Eyed Mender",  data de 2004. Seguiu-se "Ys" em 2006 e, finalmente, do ano passado, "Have One On Me". Já aqui disse que os seus primeiros dois álbuns são para ouvidos incomuns. São difíceis e, de certa forma até, aborrecidos. Discos de poucos bons momentos e algo  cansativos. A crítica nao foi desta opinião e algumas edições, tanto online como em papel, colocaram estes dois trabalhos nos píncaros. Faço isso, só agora, com este seu último "Have One On Me". Um disco que, não sendo fácil (mesmo porque se trata de um triplo álbum), é extremamente melódico, com a combinação voz/harpa/piano a surgir fluida,  etérea quase, e a resultar na perfeição.

Ontem, a Casa da Música encheu-se para ver a norte-americana e a sua trupe. Joanna parecia uma boneca de porcelana, envergando um vestido escarlate a roçar os joelhos, num "quase kitsh" assumido (ficava-lhe a matar) de personagem de Lewis Carrol. A preceito, portanto, para quem fez aquela gente viver um país das maravilhas. O seu recente triplo foi a base para uma actuação absolutamente irrepreensível, tal o empenho e a alma nela depositados. Durante segundos (a noção de tempo tem destas coisas, quando estamos absolutamente embevecidos com o que vemos e, sobretudo, ouvimos), quem esteve naquela sala, esteve em contacto directo com as entidades celestiais que nos comandam, através dos sons do dedilhar constante na harpa ou no piano. Mais forte na harpa. Belíssima no feltro do piano. Terminou com Baby Birch, o meu tema preferido, já no espaço do seu solitário regresso ao palco, depois da primeira ovação de pé. Foram segundos que passaram...como segundos. E aqueles segundos irão manter-se na minha memória para sempre. Nem sempre voamos, estando sentados!

Alinhamento: The Book of Right-On; 
Have One on Me;
 Easy; Colleen;
 Inflammatory Writ; 
Soft as Chalk;
 Cosmia;
 Good Intentions Paving Company;
 Peach, Plum, Pear
encore:
 On a Good Day
; Baby Birch

Alinhamento e imagens (infelizmente, a captação de imagens é o que é nestas noites, na Sala Suggia) cortesia  http://www.festivaispt.org/

domingo, 23 de janeiro de 2011

E até aos 46?


De acordo com The Economist, num artigo interessantíssimo, o caminho para a felicidade inicia-se a partir dos 46 anos. É sempre bom saber que a ciência comprova o que os desejos encerram. E que envelhecer também pode ser positivo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"it gets worse before it gets better"

Casiotone For The Painfully Alone - "Subway home"

it gets worse before it gets better
that's what your best friend said in the letter
all the pictures are still on the shelf
& you're barely making rent by yourself
your mom is worried for your health

you said it right from the start
these sorts of things fall apart

you take the subway home after work
from your job as a retail clerk
you're spending all the money you've saved
records keep the quiet away
up all night and sleep all day

he said it right from the start
these sorts of things fall apart

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Monstros e homens lado a lado


Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.
Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.
Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.

Ao rosto vulgar dos dias,
A vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

Imaginar, primeiro, é ver.
Imaginar é conhecer, portanto agir.

Alexandre O´Neill

"are you cold?"

Recordar Seinfeld e aquela que será uma das melhores cenas de Cosmo Kramer.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Clubbing: Jazzanova-Balla-Lindstrøm


De experiências anteriores das noites Clubbing na Casa da Música já fui aqui dando eco. A última vez foi um exemplo de má organização e confusão. Ontem as coisas foram ligeiramente diferentes a este nível. Começou bem, com Jazzanova a iniciarem à hora prevista (23.30h, de acordo com um folheto entregue à entrada, com os horários do que estava previsto), mas acabou menos bem com demasiada gente a ter de se afunilar por forma a ter acesso, via escada rolante, dois a dois,  à magnífica actuação de Lindstrøm, no terceiro andar. Pelo meio, uns Balla inexplicavelmente atrasados e sem qualquer explicação a quem os aguardava. Mais uma vez, há coisas que definitivamente não funcionam bem na Casa da Música.
Quanto ao que se passou nos palcos, a estória é diferente. Jazzanova iniciaram a sua actuação com a sala absolutamente cheia. Os 1200 lugares estavam ocupados e havia gente em pé. Mesmo as galerias traseiras se encheram de gente o que trouxe todo um colorido diferente ao colorido concerto do colectivo alemão. Quem esperava ouvir os sons electrónicos, de baixos superlativos, que marcaram o seu início de carreira, ficou desencantado. Os últimos cinco anos, os Jazzanova optaram por um registo bem mais funky e soul. Recrutaram Paul Randolph, um americano de Detroit, de alma Motown, um misto de Ike Turner e Curtis Mayfield que enche o palco com trejeitos de anos setenta e é um poço de energia. Muitas teclas, malha de baixo bem nítida, e electrónica quanto baste. Este é o novo som Jazzanova. Pessoalmente preferia a vertente dos finais dos anos noventa mas não deixou de ser um grande concerto, com alguns momentos muito altos e um final à Bruce/Courtney Cox, com Paul a convidar umas quantas fãs a subirem e dançarem com ele.
Os portugueses Balla vieram a seguir. Com o já referido atraso não anunciado nem explicado, tiveram o seu momento mais alto logo nos primeiros minutos quando Armando Teixeira, da negrura do palco, mostra um aparelho que produzia umas luzes que me pareceram familiares. Tratava-se de um Tenori-On,  da Yamaha. O efeito é brilhante. Literalmente. De resto, foram incapazes de dar corpo ao enorme potencial que têm e de fugir a um registo demasiado semelhante em todos os temas. Foi pena. Como disse o amigo Agostinho, chegaram a ser "chatos".
Para finalizar, a actuação do norueguês Lindstrøm. Na sala Restaurante, no topo da Casa da Música, à frente da cozinha (onde os chefs e restante pessoal continuava a trabalhar, separados por vidros) o produtor, DJ e músico deu um verdadeiro festival de manuseamento de gadgets para fazer música de dança. À sua disposição tinha um teclado (Casio style), um Mac, dois iPad e um iPhone! Isso e tudo o resto na sua cabeça. Durante uma hora e quarenta e três minutos aquele homem não olhou uma única vez para o público tal era o seu grau de atenção e dedicação. Não falhou uma pista, uma batida. Foi como se estivesse a viver um estado quase orgasmático durante todo esse período. Terminou esgotado. E nem aí olhou para aquelas centenas de pessoas que tinhas estado a fruir os seu sons. Foi verdadeiramente uma performance única. Numa noite única de divertimento e entertenimento puros, em boa companhia.
Mais imagens aqui.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Casos únicos

É já no próximo dia 24 que Joanna Newsom estará na Casa da Música. O Porto vai estar abençoado, nessa noite. Hoje, no mesmo local, também irei participar em mais uma festa Clubbing. O cartaz é de luxo: os portugueses Balla, o norueguês  LindstrØm e o colectivo Jazzanova (cada vez mais e mais virados para a Soul: "The whole world of black rooted music and a bit of the white one too". ). Os sons orgânicos ditarão o rumo da madrugada. Promete.


Será um one of a kind gig. Por falar em coisas únicas, recupero esta maldade sob inspiração da ideia de "casos únicos" que o deixam de ser, assim, desta forma, e em directo... 

253º Kelvin

A mundo a menos vinte graus Celsius (253º Kelvin), no Norte da Europa. Com música de Armand Amar & Lévon Minassian. 


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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Post New Age

É verdade incontornável: a natureza manda. Quando olhamos para as imagens da tragédia que assola o estado de Rio de Janeiro esta verdade surge mais clara ainda e é inevitável a inútil revolta que sentimos.
Este vídeo da NASA serve também para recordar isso mesmo: a natureza dita sempre as suas leis. Mas esta Terra que nos acolhe é linda. Um milagre. E nós também o podemos e devemos ser. Porque essa é a nossa natureza.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

E eu só amanhã me vou ontem embora


E a senhora dos filhos e dos gritos e da malha
não falha nenhum dia chega sempre à mesma hora
Poderás ser feliz: basta mudar de esplanada
mas acredita não resolve nada
a mesma água vem na mesma calha
e é tudo como antes para aquele que chora:
a mudança é fatal até para a face mudada
Já nela havia rugas e era fresca e corada
A cara da senhora? Não. Mas espera, talvez
o que eu disse estivesse já dito de vez
E eu só amanhã me vou ontem embora
Ruy Belo
Boca Bilingue

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"Noivos sangrentos"

Rever Badlands de Terrence Malick é um exercício de nostalgia. A arte de viver outras vidas, filmada de forma tão sublime pelo realizador auto-proscrito, remetendo-nos para as badlands de Dakota, quase sem banda sonora, tem aquele efeito que também se deseja num filme: entendemos o incompreensível e sorrimos com o inconcebível. Poderoso.


Kit: "se eu cantasse uma canção assim… se soubesse cantar sobre o que estou a sentir…seria um êxito".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Joy

Teria os meus catorze anos quando a voz do já desaparecido António Sérgio, no seu "Som da Frente", me fez chegar os sons do projecto Joy Division. Salvo erro, através do seu "Love Will Tear Us Apart".  Hoje recordei-os. E continuo.... Na agenda está ainda a revisão da matéria dada, desta vez sob a forma de Control.

Joy Division - "Atmosphere"

Walk in silence,
Don't walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Don't walk away.

Walk in silence,
Don't turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Don't walk away.

People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Don't walk away in silence,
Don't walk away. 

domingo, 9 de janeiro de 2011

óóóó...


O Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo

O Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.

óóóó---óóóóóó óóó---óóóóóóó óóóóóóóó

Álvaro de Campos

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Kraftwerk revisited


O dia pede
Señor Coconut, o senhor dos mil nomes, para que se veja um bocadinho de sol.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Melodias que me fizeram...

Lambckhop - "Is a woman"

In the hour of the girl
You can make this danger witness
Or whatever, without your heart
So you wish you could relate
If it
  's always gonna be
Sit beside me on a star
If you wake me up tonight

So you try to make it whole
with everybody here
More than a Sony
To make the words throw up
Or show me the way
As they pick me up again
They will be there on the couch
They will make you better still

Can you be sure
Of anything you make?

Maybe you can get a wip
It's enough to make you gag
It's enough to make you sick
Each and every day
With the concrete and the masonry
When the paint that's on is dry
You can work it from your eye

And you take it my heart
As you stand alone forever
From the roaming and the surf
And the cloudy cloudy day
Just a boss thing that is pure
Something specially for you
It's like everybody's needing it
And everybody's sure

And they say

Is a woman, write this down
Put the paper over there
More than it is
No more than it is

Palavras


Ainda e sempre
a procura da palavra
certa e a certeza
da palavra errada
no exacto sítio
da mais acertada

Mais um poema
que tudo diz
sem dizer nada

Carlos Lopes, Amigo e compadre

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

iChoc

Que bom chegar ao nosso local de trabalho e ter esta delícia em cima da nossa mesa. Literalmente!
Cortesia Mili via Hussel.

domingo, 2 de janeiro de 2011

1º do ano


O primeiro post deste 2011: uma bela imagem recebida via email, cortesia do velho e bom amigo Mário Pedro Lourenço. Um poço de talento.